São Paulo, sábado, 19 de maio de 2007

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Venda de remédio dá lucro de R$ 10 mil mensais, afirma comerciante do RS

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RIVERA

Mesmo clandestino e com entrada proibida no Brasil, o "Viagra uruguaio" se tornou a principal fonte de renda de Ricardo (nome fictício).
Há dez anos, ele vende no Rio Grande do Sul perfumes, bebidas e eletrônicos comprados nos "free shops" da fronteira. Mas, no ano passado, ele descobriu o mercado dos similares do Viagra. Com público cativo, viaja de ônibus a Rivera aos finais de semana e compra, em média, 25 caixas com 20 comprimidos cada.
Ricardo diz vender 2.000 comprimidos por mês. Investe R$ 3.800 e vende cada pílula por R$ 8. Garante que fatura R$ 16 mil. Descontados os R$ 3.800 iniciais, passagem e estadia, consegue R$ 10 mil mensais só de lucro. Ele viaja de ônibus e afirma que nunca teve mercadorias apreendidas pela Receita Federal.
Em vez de rentabilidade alta e fácil, Paulo Renato (nome fictício) diz que compra os similares uruguaios do Viagra apenas porque quer agradar os amigos. Morador de Santana do Livramento, que faz divisa com Rivera, ele envia o "Viagra uruguaio" a amigos de Porto Alegre, sem nenhum custo adicional. Paulo leva as caixas de carro, ou, quando os amigos cobram mais agilidade, as envia por Sedex.
O urologista José Luiz Mariath disse ter conhecido o concorrente uruguaio do Viagra por meio de um paciente. Afirmou que o país vizinho tem tradição de indústria farmacêutica de qualidade. "Mas claro que não posso prescrevê-los porque são proibidos no Brasil", afirma o médico. (SI)


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