|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Venda de remédio dá lucro de R$ 10 mil mensais, afirma comerciante do RS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RIVERA
Mesmo clandestino e com
entrada proibida no Brasil, o
"Viagra uruguaio" se tornou a
principal fonte de renda de Ricardo (nome fictício).
Há dez anos, ele vende no Rio
Grande do Sul perfumes, bebidas e eletrônicos comprados
nos "free shops" da fronteira.
Mas, no ano passado, ele descobriu o mercado dos similares
do Viagra. Com público cativo,
viaja de ônibus a Rivera aos finais de semana e compra, em
média, 25 caixas com 20 comprimidos cada.
Ricardo diz vender 2.000
comprimidos por mês. Investe
R$ 3.800 e vende cada pílula
por R$ 8. Garante que fatura R$
16 mil. Descontados os R$
3.800 iniciais, passagem e estadia, consegue R$ 10 mil mensais só de lucro. Ele viaja de ônibus e afirma que nunca teve
mercadorias apreendidas pela
Receita Federal.
Em vez de rentabilidade alta
e fácil, Paulo Renato (nome fictício) diz que compra os similares uruguaios do Viagra apenas
porque quer agradar os amigos.
Morador de Santana do Livramento, que faz divisa com Rivera, ele envia o "Viagra uruguaio" a amigos de Porto Alegre, sem nenhum custo adicional. Paulo leva as caixas de carro, ou, quando os amigos cobram mais agilidade, as envia
por Sedex.
O urologista José Luiz Mariath disse ter conhecido o concorrente uruguaio do Viagra
por meio de um paciente. Afirmou que o país vizinho tem tradição de indústria farmacêutica de qualidade. "Mas claro que
não posso prescrevê-los porque são proibidos no Brasil",
afirma o médico.
(SI)
Texto Anterior: Brasil proíbe comércio do similar uruguaio Próximo Texto: Vereador é condenado por improbidade Índice
|