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Encontro vai discutir soluções
da Folha Campinas
Cerca de 500 representantes de
santas casas, hospitais filantrópicos, instituições particulares, prefeituras e governos estadual e federal iniciam amanhã uma discussão
sobre a conjuntura do setor da
Saúde no país. Um dos principais
temas a ser abordado é a lei que determina o fim da isenção de impostos para as filantrópicas.
A Fesehf (Federação das Santas
Casas e Hospitais Filantrópicos do
Estado de São Paulo) abre amanhã
em São Pedro (a 210 km de SP) o 8º
Encontro de Provedores e Administradores de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. O encontro
vai servir para debater idéias e experiências na área.
Segundo a federação, deve ser
realizado um "workshop" sobre a
lei para discutir as consequências
da aplicação para os hospitais. A
questão dos planos de saúde também será debatida.
A partir deste ano, as entidades
filantrópicas, tanto educacionais
quanto de saúde, devem recolher a
cota patronal do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social) dos
seus funcionários.
Antes da determinação do governo federal, as filantrópicas eram
isentas da arrecadação.
A federação teme que os hospitais tenham de efetuar cortes no
atendimento caso percam a condição de filantropia e tenham realmente de recolher a cota patronal.
Outro tema que será discutido
no congresso é a municipalização
da saúde, uma das possíveis soluções para melhorar o atendimento
dos hospitais pelo SUS (Sistema
Único de Saúde).
Soluções
As entidades filantrópicas gaúchas estão mantendo o atendimento inalterado por meio de iniciativas criativas, que visam compensar o corte em isenções fiscais.
O Lar Santo Antônio para Excepcionais, de Porto Alegre, é um
exemplo: para contornar a diminuição em 80% na sua receita, passou a organizar festas.
A presidente da entidade, Élida
Messias Ferreira, diz que consegue, dessa forma, pagar as despesas de R$ 35 mil mensais.
A primeira das nove festas já previstas para este ano rendeu R$
8.573. Até o final do ano, estão previstas mais oito festas.
De acordo com Élida Ferreira, as
festas realizadas pela entidade,
com objetivo de arrecadar fundos,
limitavam-se, até 1998, a uma por
semestre.
Colaborou
Léo Gerchmann, da Agência Folha
em Porto Alegre
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