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TRANSPORTE
Subprefeitura de Pinheiros tem planos para 5 trajetos até 2006; existem 8 km de vias exclusivas para bicicleta
Planos diretores regionais propõem mais ciclovias
AMARÍLIS LAGE
DA REPORTAGEM LOCAL
Há um ano e meio, diante do
carro quebrado, Edward Zvingila,
38, resolveu ir de sua casa, no
Cambuci (centro de São Paulo), à
escola em que trabalha, em Pinheiros (zona oeste), de bicicleta.
A distância: 10 km. Hoje, totalmente adepto da atividade, pedala até 40 km por dia.
Ele ganhou resistência física e
bom humor -"a atividade libera
endorfinas", diz. Mas reconhece:
"Os ciclistas estão sujeitos a muitos perigos nas ruas da cidade. Isso é uma selva, os carros não respeitam, as motocicletas quase
passam por cima. Tenho cicatrizes de vários acidentes".
Para os paulistanos que, como
Zvingila, apostam na bicicleta como um meio de transporte alternativo mas sofrem com o trânsito,
os planos diretores regionais podem trazer uma boa notícia: a
criação de dezenas de ciclovias na
cidade. Os planos definem as propostas urbanísticas para as 31
subprefeituras da cidade.
A Subprefeitura de Pinheiros,
por exemplo, estabeleceu que até
2006 devem ser instaladas cinco
ciclovias, já discriminadas no plano. Ao todo, são 24,6 km, o que
corresponde ao triplo das ciclovias existentes na cidade.
Atualmente, os ciclistas dispõem de vias exclusivas em trechos das avenidas Faria Lima, Sumaré e Água Espraiada, além de
um circuito no Jardim Luzitânia.
Juntas, elas correspondem a 8 km.
Dos 31 planos regionais, o da Cidade Ademar (zona sul) é o que
mais propôs ciclovias. São 11 trechos, dos quais nove são próximos da represa Billings.
Falta de verbas
Segundo a Secretaria do Verde e
do Meio Ambiente, desde 1997
não são feitas vias para ciclistas
por falta de verbas. Cada quilômetro custa cerca de R$ 100 mil.
Os planos regionais não indicam
de onde podem vir os recursos.
O secretário de Planejamento,
Jorge Wilheim, disse que a prefeitura pretende até o fim deste ano
selecionar uma faixa das principais avenidas para, aos domingos,
reservá-las para ciclistas.
"Vai ser uma experiência. Isso
implica apenas sinalização, pintura de faixas, é mais simples que
uma ciclovia", disse. Segundo Wilheim, o plano diretor estratégico
também obriga todas as estações
de metrô e de trem a oferecerem
estacionamentos para bicicleta.
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