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TRAGÉDIA EM CONGONHAS/MOMENTOS DE DESESPERO
Avião atingiu escada de emergência e cortou saídas
Com isso, funcionários do segundo e terceiro andares não tinham como escapar
O elevador do prédio da TAM Express atingido pelo choque ficava na
outra lateral e parou de
funcionar com o impacto
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
O local onde o Airbus-320 da
TAM bateu no prédio da companhia deixou sem saída as pessoas que estavam no segundo e
terceiro andares. Ali, na lateral
esquerda do edifício, ficava a
escada de emergência.
Na outra lateral do prédio estava o elevador. Segundo relatos de funcionários que conseguiram escapar, o ascensor parou devido ao impacto.
"A escada de emergência ficava bem na direção onde houve a colisão da aeronave, o que
dificultou a saída das pessoas",
disse o capitão dos bombeiros
Nilton Miranda, que participa
da operação de resgate.
"Sem a escada de incêndio, as
pessoas ficaram sem saída e algumas se jogaram", afirmou
um funcionário que trabalha
no terceiro andar e que havia
deixado o local momentos antes da colisão.
A TAM afirma que havia entre 55 e 60 pessoas no edifício
na hora do acidente (número
que chegava a 300 em momentos de pico).
Reconhecimento
Até a noite de ontem, apenas
12 corpos haviam sido identificados no IML e cinco deles, liberados para os funerais.
"Em razão das condições dos
corpos, boa parte completamente carbonizada, não há prazo para o trabalho acabar", afirmou o secretário da Segurança
Pública de São Paulo, Ronaldo
Marzagão.
De acordo com o capitão Miranda, as vítimas que estavam
na cauda do avião têm os corpos mais preservados e são reconhecidas visualmente pelos
familiares. A dificuldade maior
está no reconhecimento dos
demais passageiros.
Ontem à noite, os bombeiros
suspenderam a busca dos corpos e concentraram esforços na
retenção das vigas, devido ao
risco de desabamento.
Colaboraram DANIELA ARRAIS, DANIEL BERGAMASCO E VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
Ouça diálogos dos bombeiros no
www.folha.com.br/071991
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