São Paulo, quinta-feira, 19 de julho de 2007

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Presidente não telefonou para Serra e Kassab

DA REPORTAGEM LOCAL

Vinte quatro horas depois do maior acidente aéreo do país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não tinha telefonado para o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Até a tarde, também não tinha conversado com o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
"Estou falando com o comando da Aeronáutica e da Infraero", disse Kassab.
O gesto alimentou, no Palácio dos Bandeirantes, a desconfiança de que Lula pretende debitar na conta do tucanato um problema que é de responsabilidade federal: o sistema aéreo.
"O governo federal está tirando o corpo fora, fazendo de conta que não é com eles. Não nos telefonou, não nos ofereceu qualquer apoio", queixou-se o vice-governador, Alberto Goldman (PSDB), após reunião no governo.
No contra-ataque, Serra repetiu que "o governo do Estado e a Prefeitura estão cumprindo suas funções" e lembrou que o sistema aéreo é federal.
Após visita a Serra, o deputado Wanderlei Macris (PSDB) disse que "Lula não pode fugir a sua responsabilidade".
Serra defendeu a redução de volume de tráfego em Congonhas. "Todas as fichas foram postas sobre Congonhas." Numa reunião, sua equipe até discutiu a suspensão do funcionamento do aeroporto. Mas concluiu que não há base legal para isso.


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