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Presidente não telefonou para Serra e Kassab
DA REPORTAGEM LOCAL
Vinte quatro horas depois do maior acidente aéreo do país, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) ainda não tinha telefonado para o governador
de São Paulo, José Serra
(PSDB). Até a tarde, também não tinha conversado
com o prefeito Gilberto
Kassab (DEM).
"Estou falando com o
comando da Aeronáutica e
da Infraero", disse Kassab.
O gesto alimentou, no
Palácio dos Bandeirantes,
a desconfiança de que Lula
pretende debitar na conta
do tucanato um problema
que é de responsabilidade
federal: o sistema aéreo.
"O governo federal está
tirando o corpo fora, fazendo de conta que não é
com eles. Não nos telefonou, não nos ofereceu
qualquer apoio", queixou-se o vice-governador, Alberto Goldman (PSDB),
após reunião no governo.
No contra-ataque, Serra
repetiu que "o governo do
Estado e a Prefeitura estão
cumprindo suas funções"
e lembrou que o sistema
aéreo é federal.
Após visita a Serra, o deputado Wanderlei Macris
(PSDB) disse que "Lula
não pode fugir a sua responsabilidade".
Serra defendeu a redução de volume de tráfego
em Congonhas. "Todas as
fichas foram postas sobre
Congonhas." Numa reunião, sua equipe até discutiu a suspensão do funcionamento do aeroporto.
Mas concluiu que não há
base legal para isso.
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