São Paulo, domingo, 19 de agosto de 2007

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Entidades alertam para compra de brinquedo

Especialistas, médicos e órgãos reguladores apontam cuidados que pais devem ter ao escolher produtos para crianças

Riscos vão de intoxicação a engasgo com peça que pode se desprender; supervisão e armazenamento corretos são fundamentais

DA REPORTAGEM LOCAL

Nem é Dia das Crianças, mas o recall mundial da líder do mercado de fabricantes de brinquedos Mattel -que só no Brasil teve de recolher 850 mil peças com potencial de risco- levantou questões sobre segurança e cuidados que os pais devem tomar na hora da compra.
A Folha ouviu especialistas, pais, ONGs, órgãos reguladores e de fiscalização e a Sociedade Brasileira de Pediatria e, de todos, em uníssono, obteve as seguintes recomendações:
1) Só comprar brinquedo com o selo do Inmetro, tanto produtos nacionais quanto artigos importados;
2) Não comprar produtos piratas no comércio informal, como em feiras e camelôs;
3) Selecionar o produto adequado à faixa etária da criança;
4) Ler (e seguir) atentamente as instruções de uso.
Autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) é o órgão normativo que regula medições nos produtos e é responsável pela liberação.
Nos Estados, cabe ao Ipem (Instituto de Pesos e Medidas), órgão delegado do Inmetro, fazer a fiscalização de rua.
Diretor da qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo explica que os brinquedos da Mattel "chegaram ao mercado por um descuido no processo produtivo". Segundo diz, o Brasil é mais exigente que a União Européia nos requisitos de segurança para liberação.
"Colocar requisitos a mais no produto onera a produção e encarece o brinquedo para o consumidor. A lógica do estudo é essa aí", diz Lobo.

Lado positivo
Especialista em bem-estar das crianças, a coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Luciana O'Reilly, vê um lado positivo no caso Mattel.
"É uma oportunidade para questionar as normas vigentes e as normas de certificação que precisam ser revistas", avalia.
Em São Paulo, o Ipem diz ter feito consultas ao Inmetro sob a necessidade de blitze para apreensão de produtos.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a supervisão dos pais durante as brincadeiras e o correto armazenamento dos brinquedos para não misturar peças de irmãos de idades diferentes.


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