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Entidades alertam para compra de brinquedo
Especialistas, médicos e órgãos reguladores apontam cuidados que pais devem ter ao escolher produtos para crianças
Riscos vão de intoxicação a engasgo com peça que pode se desprender; supervisão e armazenamento corretos são fundamentais
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem é Dia das Crianças, mas
o recall mundial da líder do
mercado de fabricantes de
brinquedos Mattel -que só no
Brasil teve de recolher 850 mil
peças com potencial de risco-
levantou questões sobre segurança e cuidados que os pais devem tomar na hora da compra.
A Folha ouviu especialistas,
pais, ONGs, órgãos reguladores
e de fiscalização e a Sociedade
Brasileira de Pediatria e, de todos, em uníssono, obteve as seguintes recomendações:
1) Só comprar brinquedo
com o selo do Inmetro, tanto
produtos nacionais quanto artigos importados;
2) Não comprar produtos piratas no comércio informal, como em feiras e camelôs;
3) Selecionar o produto adequado à faixa etária da criança;
4) Ler (e seguir) atentamente as instruções de uso.
Autarquia federal vinculada
ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, o Inmetro (Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) é o órgão normativo que
regula medições nos produtos
e é responsável pela liberação.
Nos Estados, cabe ao Ipem
(Instituto de Pesos e Medidas),
órgão delegado do Inmetro, fazer a fiscalização de rua.
Diretor da qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo explica
que os brinquedos da Mattel
"chegaram ao mercado por um
descuido no processo produtivo". Segundo diz, o Brasil é
mais exigente que a União Européia nos requisitos de segurança para liberação.
"Colocar requisitos a mais no
produto onera a produção e encarece o brinquedo para o consumidor. A lógica do estudo é
essa aí", diz Lobo.
Lado positivo
Especialista em bem-estar
das crianças, a coordenadora
nacional da ONG Criança Segura, Luciana O'Reilly, vê um lado
positivo no caso Mattel.
"É uma oportunidade para
questionar as normas vigentes
e as normas de certificação que
precisam ser revistas", avalia.
Em São Paulo, o Ipem diz ter
feito consultas ao Inmetro sob
a necessidade de blitze para
apreensão de produtos.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a supervisão
dos pais durante as brincadeiras e o correto armazenamento
dos brinquedos para não misturar peças de irmãos de idades
diferentes.
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