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Relator da CPI do Apagão Aéreo diz que há elementos para indiciar Denise Abreu
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O relator da CPI do Apagão
Aéreo, deputado Marco Maia
(PT-RS), afirmou ontem que há
elementos para pedir o indiciamento de Denise Abreu, ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), devido à
entrega de uma norma falsa de
segurança aérea à Justiça Federal em fevereiro. Ele considera a situação de Milton Zuanazzi mais "complexa" e avalia
que existiu um "conluio" entre
a agência e as empresas aéreas.
Além disso, o relator afirmou
que a pista de Congonhas foi
um fator contribuinte para o
acidente do vôo 3054 da TAM,
mas que considera como causa
"preponderante" a falha de
equipamento no Airbus A-320.
Ontem, Maia realizou a leitura do capítulo sobre infra-estrutura aeroportuária.
Os oposicionistas presentes
criticaram o que consideraram
omissões sobre responsabilidades de autoridades.
"O relatório afirma que não
há elementos de convencimento suficientes para afirmar que
houve desvio de recursos da Infraero, mas nós não tivemos
acesso às investigações do TCU
(Tribunal de Contas da União).
Foi negado. Há uma contradição enorme", disse Gustavo
Fruet (PSDB-PR).
Já Vic Pires (DEM-PA) foi
mais contundente: "O relatório
é chapa-branca". Para ele, era
preciso dizer de forma clara
que a Anac falhou em fiscalizar
os aeroportos e as informações
prestadas aos passageiros.
Maia revelou apenas que vê
indícios contra Abreu. Em nota, a assessoria da ex-diretora
afirma que ela está sendo usada
como "bode expiatório" por um
sistema aéreo "inoperante" -e
aponta para os demais diretores da Anac, da Infraero e o próprio Ministério da Defesa. "Por
que a CPI está poupando outros importantes responsáveis
pelo setor?", questiona Roberto Podval, advogado de Denise.
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