São Paulo, sábado, 19 de setembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Presa quadrilha acusada de desviar remédios de hospitais

Suspeita é que medicamentos para câncer eram vendidos em outros Estados

DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE

Um grupo acusado de furtar, roubar ou desviar medicamentos para câncer de hospitais públicos foi preso ontem na Operação Medula, desencadeada pela Polícia Civil em São Paulo.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, 13 distribuidoras participaram do esquema que tirou remédios de hospitais paulistas para revendê-los em 50 cidades de 20 Estados, além do Distrito Federal.
A Secretaria da Saúde do Estado estimou o prejuízo em R$ 40 milhões. O atendimento ao público não foi afetado, segundo informou a pasta.
Nove pessoas foram detidas. A base do esquema era familiar, segundo a polícia, já que quatro dos presos são da mesma família. O empresário Dahir Fernandes Filho foi indiciado como o chefe do grupo. Ele é acusado de aliciar funcionários de hospitais e contatar quadrilhas especializadas em roubos.
Seus três filhos Giovana, Giuliana e Stefano Mantovani Fernandes aparecem entre os proprietários das distribuidoras Armazém Central e Garden Farma, acusadas de participação. Também foi preso Rodrigo Eduardo de Paulo (ex-companheiro de Giovana).
De acordo com o Alexandre Zakir, corregedor da área da Saúde, as investigações tiveram início em 2007, após um furto à farmácia do Hospital do Servidor Público Estadual. Outros casos se seguiram: roubo a um posto de saúde na Vila Mariana, desvio no Instituto do Câncer do Estado de SP Octavio Frias de Oliveira e furto no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André (Grande São Paulo).
O alvo eram os medicamentos Mabthera, cuja dose custa em torno de R$ 6.000, e Glivec -R$ 10 mil o frasco, segundo dados do governo.
Os acusados presos ontem responderão por crimes como roubo, receptação e crime contra a saúde pública.
A Folha procurou representantes dos presos. A advogada que acompanhou os depoimentos não quis se manifestar.


Texto Anterior: Outro lado: Auditorias nunca apontaram nada, afirma Isaias Raw
Próximo Texto: 55 instituições do ProUni têm notas ruins
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.