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Grupo ajuda a ampliar as preferências na adoção
Um dos focos são as crianças mais velhas
DE SÃO PAULO
As exigências das famílias
ao adotar uma criança faz
com que a espera seja ainda
maior, afirma o juiz Nicolau
Lupianhes Neto, que acompanha no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) os cadastros de Infância e Juventude,
entre eles o CNA.
Por isso, a lei de adoção
pede que pretendentes participem de grupos de apoio para orientá-los sobre trâmites
legais e o conceito da adoção, abrindo as preferências
para crianças maiores, negras, que tenham doenças ou
grupos de irmãos.
"Adotar é querer ter alguém como filho, com os defeitos e qualidades que qualquer criança possa ter", diz
Doemia Ceni, fundadora do
grupo Manjedoura, de Campo Grande (MS).
A "gestação" das filhas de
Cícero, 50, e Leni Lima, 42, de
São Bernardo do Campo
(Grande SP), durou cerca de
quatro anos -o tempo de espera na fila de adoção.
Por meio do grupo de
apoio, abriram as preferências iniciais sobre bebês para
as crianças de até dois anos,
que poderiam ter irmãos.
Há um ano, receberam as
gêmeas Juliana e Mariana,
hoje de um ano e sete meses.
O casal diz que poderia ter
feito uma adoção direta, mas
não quis. "Ficamos inseguros pois não sabíamos o que
ela [a mãe] queria."
Segundo o vice-presidente
de assuntos da Infância e Juventude da AMB (Associação
dos Magistrados do Brasil)
Francisco de Oliveira Neto, o
novo sistema de adoção pretende evitar casos de arrependimento de ambas as
partes e garantir a melhor família para os pequenos.
"Não é direito só dos pais
estar com as crianças, mas
das crianças de estarem com
estes ou aqueles pais."
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