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TRANSPORTES
Integrantes do governo passaram o dia em reuniões para tentar derrubar liminar e evitar a falta de ônibus nas linhas
Decisão pega a prefeitura de surpresa
DA REPORTAGEM LOCAL
A reintegração de posse dos
ônibus de Romero Niquini pegou
de surpresa a gestão Marta Suplicy (PT). Representantes da
SPTrans e da Secretaria dos
Transportes passaram o dia inteiro em reuniões para tentar reverter a decisão e evitar a redução da
oferta de veículos à população.
Segundo a assessoria de imprensa da SPTrans, a prefeitura
tentará derrubar na Justiça a liminar obtida por Niquini. A empresa avalia que não houve prejuízos
aos usuários, apesar da retirada
dos primeiros 25 ônibus de fabricação 2002. Até as 23h, as reuniões continuavam, e ninguém
pôde atender a Folha.
A rescisão contratual feita no
mês passado foi a maior investida
do governo Marta até hoje contra
os empresários de ônibus de São
Paulo. O secretário dos Transportes, Carlos Zarattini, acusou as
viações de Niquini de "fraude" ao
dizer que elas vendiam vales-transporte no mercado negro. A
acusação surpreendeu empresários do setor pela proximidade do
presidente do grupo, William Ali
Chaim, com a cúpula petista.
Zarattini disse que a decisão da
prefeitura era resultado de uma
auditoria feita em 12 de agosto nas
empresas de Niquini. Nesse dia,
elas informaram à SPTrans uma
arrecadação de 54.675 vales-transporte, 21,53% do total de pagantes. A fiscalização, porém,
identificou 143.309 vales-transporte -56,42% dos pagantes-
nos relatórios dos cobradores.
Chaim diz que não houve direito de defesa por parte do grupo e
que a diferença na prestação de
contas foi resultado de erros burocráticos e formais, informados
à SPTrans no dia seguinte, mas
que não houve desvios.
(AI)
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