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OUTRO LADO
Professora diz que houve erro de interpretação
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo com 25 anos de experiência e tendo participado das
três últimas comissões que elaboraram o exame de matemática do provão, Tânia Maria Mendonça Campos, diretora-geral
do Centro das Ciências Exatas e
Tecnologia da PUC-SP, sustenta
que um erro de interpretação levou à não-inscrição dos concluintes de matemática.
Segundo ela, a universidade
entendeu que poderia não cadastrar os "poucos" formandos
na habilitação de bacharelado
em 2001, colocando-os para fazer o exame apenas em 2002.
Sobre o aluno Aristeu Heliodoro Gomes Filho, da habilitação em licenciatura, que também não foi inscrito no provão
de 2001, Campos diz que isso se
deveu a algum erro de secretaria, que "deve ser esclarecido".
A professora nega ainda que
tenha havido qualquer tipo de
seleção para o provão ou que a
universidade tenha pressionado
os estudantes a aceitar, sem
questionar, que não fariam o
exame naquele ano.
"Eu acho que [o processo dos
alunos contra a PUC-SP] foi
muito mais pessoal. Dos 13 que
não fizeram a prova, só seis assinam a ação e, desses, dois já tinham feito o provão em 2000.
Portanto não precisariam fazê-lo novamente em 2001", diz.
O curso de matemática da
PUC-SP, que havia recebido
conceito C no provão de 2000,
caiu e teve D em 2001. O resultado do provão de 2002 só será divulgado em dezembro.
Sobre a garantia dada por ela,
via carta, de que os alunos, mesmo sem terem feito o provão,
receberiam o diploma sem atraso, Campos sustenta que escreveu "baseada no histórico" de
que os estudantes não costumam buscar o documento logo
depois de formados. "Imagino
que menos de 1% vem buscar o
diploma no mesmo ano, e isso
não traz nenhum prejuízo para
eles porque eles têm o certificado de conclusão de curso", diz.
"Eles entraram com a ação, a
universidade terá que se defender, e a Justiça, que definir. Não
há o que questionar."
(MV)
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