São Paulo, sábado, 19 de outubro de 2002

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OUTRO LADO

Professora diz que houve erro de interpretação

DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo com 25 anos de experiência e tendo participado das três últimas comissões que elaboraram o exame de matemática do provão, Tânia Maria Mendonça Campos, diretora-geral do Centro das Ciências Exatas e Tecnologia da PUC-SP, sustenta que um erro de interpretação levou à não-inscrição dos concluintes de matemática.
Segundo ela, a universidade entendeu que poderia não cadastrar os "poucos" formandos na habilitação de bacharelado em 2001, colocando-os para fazer o exame apenas em 2002.
Sobre o aluno Aristeu Heliodoro Gomes Filho, da habilitação em licenciatura, que também não foi inscrito no provão de 2001, Campos diz que isso se deveu a algum erro de secretaria, que "deve ser esclarecido".
A professora nega ainda que tenha havido qualquer tipo de seleção para o provão ou que a universidade tenha pressionado os estudantes a aceitar, sem questionar, que não fariam o exame naquele ano.
"Eu acho que [o processo dos alunos contra a PUC-SP] foi muito mais pessoal. Dos 13 que não fizeram a prova, só seis assinam a ação e, desses, dois já tinham feito o provão em 2000. Portanto não precisariam fazê-lo novamente em 2001", diz.
O curso de matemática da PUC-SP, que havia recebido conceito C no provão de 2000, caiu e teve D em 2001. O resultado do provão de 2002 só será divulgado em dezembro.
Sobre a garantia dada por ela, via carta, de que os alunos, mesmo sem terem feito o provão, receberiam o diploma sem atraso, Campos sustenta que escreveu "baseada no histórico" de que os estudantes não costumam buscar o documento logo depois de formados. "Imagino que menos de 1% vem buscar o diploma no mesmo ano, e isso não traz nenhum prejuízo para eles porque eles têm o certificado de conclusão de curso", diz.
"Eles entraram com a ação, a universidade terá que se defender, e a Justiça, que definir. Não há o que questionar." (MV)


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