MARIANNE PIEMONTE
DA REVISTA DA FOLHA

Aos 14 anos, ela tinha uma vida típica de uma adolescente de classe média. Estudava em colégio particular, o pai e a mãe eram presentes, carro na garagem à disposição e cachorro no quintal. Mas, repentinamente, a garota parou de comer.
Nessa idade a estudante de administração Sabrina Sawada, hoje com 23 anos, começou a ter ojeriza pela comida. Enquanto na escola as amigas faziam fila na cantina por coxinha, hambúrguer e chocolates, seu menu preferido era alface. "Cheguei a pesar 38 kg e fiquei nove meses sem menstruar, mas eu mesma não percebia que estava tão magra."
Ela tinha pressão em casa contra sua magreza, mas só aceitou ajuda após a coordenadora da colégio a chamar para conversar. "Ela me perguntou se eu tinha Aids, falou que era o comentário geral da escola."
Por dois anos, ela tomou pílulas para abrir o apetite e fez terapia. Hoje, aos 48kg, está curada. Usa manequim 36 e tem 1,56 m.


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