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PM aponta infração de policiais no caso Eloá
Conclusão consta do Inquérito Policial Militar
DA REPORTAGEM LOCAL
A PM concluiu que houve infração disciplinar por parte dos
policiais que atuaram na operação que terminou com a morte
de Eloá Cristina Pimentel, de
15 anos, em outubro, em Santo
André (Grande SP). A garota foi
mantida em cativeiro por mais
de cem horas por Lindemberg
Alves, seu ex-namorado.
Segundo o IPM (Inquérito
Policial Militar) enviado ao Ministério Público do Estado de
São Paulo na sexta-feira, houve
infração administrativa disciplinar punível. Nem a PM e
nem o Ministério Público explicitaram os atos dos policiais
considerados irregulares.
Contudo, sabe-se que o inquérito investiga dois procedimentos: o retorno ao cativeiro
da amiga de Eloá, Nayara Rodrigues da Silva, à época com 15
anos, mais de 30 horas depois
de libertada por Lindemberg, e
a invasão policial ao cativeiro.
Especialistas condenaram a
volta de Nayara ao local do crime, colocando-se como alvo de
Lindemberg novamente.
Segundo o coronel Eduardo
José Félix, comandante do Batalhão de Choque da PM, o
combinado era que a amiga de
Eloá não entrasse no apartamento, parando a uma distância segura, o que não ocorreu.
Os especialistas também
apontaram falhas como a demora para arrombar a porta e o
fato de a escada não ter a altura
necessária para permitir um
acesso imediato à janela.
A causa da invasão é um ponto obscuro. O Gate (Grupo de
Ações Táticas Especiais) alegou
que invadiu o apartamento
após ouvir um tiro. Em depoimento, Nayara disse que não
houve nenhum tiro antes da invasão. Ela foi baleada na mão e
no rosto, e Eloá, na cabeça.
O promotor de Justiça Militar José Roberto Jauhar Julião
pediu a devolução do IPM para
a Corregedoria Judiciária Militar para "as providências necessárias daquele órgão". Ainda
faltam laudos para a conclusão
do inquérito, como os exames
de corpo de delito das vítimas e
o auto de reconstituição. Em
nota, o Ministério Público disse
que só após isso se manifestará
sobre o mérito do inquérito.
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