São Paulo, terça-feira, 20 de janeiro de 2009

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PM aponta infração de policiais no caso Eloá

Conclusão consta do Inquérito Policial Militar

DA REPORTAGEM LOCAL

A PM concluiu que houve infração disciplinar por parte dos policiais que atuaram na operação que terminou com a morte de Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, em outubro, em Santo André (Grande SP). A garota foi mantida em cativeiro por mais de cem horas por Lindemberg Alves, seu ex-namorado.
Segundo o IPM (Inquérito Policial Militar) enviado ao Ministério Público do Estado de São Paulo na sexta-feira, houve infração administrativa disciplinar punível. Nem a PM e nem o Ministério Público explicitaram os atos dos policiais considerados irregulares.
Contudo, sabe-se que o inquérito investiga dois procedimentos: o retorno ao cativeiro da amiga de Eloá, Nayara Rodrigues da Silva, à época com 15 anos, mais de 30 horas depois de libertada por Lindemberg, e a invasão policial ao cativeiro.
Especialistas condenaram a volta de Nayara ao local do crime, colocando-se como alvo de Lindemberg novamente.
Segundo o coronel Eduardo José Félix, comandante do Batalhão de Choque da PM, o combinado era que a amiga de Eloá não entrasse no apartamento, parando a uma distância segura, o que não ocorreu.
Os especialistas também apontaram falhas como a demora para arrombar a porta e o fato de a escada não ter a altura necessária para permitir um acesso imediato à janela.
A causa da invasão é um ponto obscuro. O Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) alegou que invadiu o apartamento após ouvir um tiro. Em depoimento, Nayara disse que não houve nenhum tiro antes da invasão. Ela foi baleada na mão e no rosto, e Eloá, na cabeça.
O promotor de Justiça Militar José Roberto Jauhar Julião pediu a devolução do IPM para a Corregedoria Judiciária Militar para "as providências necessárias daquele órgão". Ainda faltam laudos para a conclusão do inquérito, como os exames de corpo de delito das vítimas e o auto de reconstituição. Em nota, o Ministério Público disse que só após isso se manifestará sobre o mérito do inquérito.


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