São Paulo, quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

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Moradores protestam contra cheia em Mauá

Manifestantes fecharam rua ontem; aposentada morreu afogada dentro de sua casa

DO "AGORA"

Irritados com demora da Prefeitura de Mauá em retirar o entulho acumulado nas ruas e nas casas, moradores do Jardim Zaíra promoveram um protesto na manhã de ontem, interditando a avenida Castello Branco, um dos principais acessos ao bairro, por pelo menos uma hora.
No bairro, uma chuva de quase três horas provocou mais uma morte anteontem à noite. Depois de salvar os dois netos e tentar livrar o marido da inundação em casa, a aposentada Antonia Avelaneda Grande, 63, morreu afogada. É a sexta vítima fatal na cidade em duas semanas, a quinta no mesmo bairro.
Móveis, roupas, calçados e tudo o que foi destruído pela enchente foi atirado na via. Segundo a Polícia Militar, apesar do incidente, o protesto foi pacífico.
Após negociação entre líderes comunitários e membros da prefeitura, as ruas começaram a ser limpas por máquinas e caminhões.
Nas paredes, marcas indicavam que a água chegou a pelo menos 1,80 m. A dona de casa Iveli Alves dos Santos, 53, foi uma das afetadas. A força da enxurrada foi tanta que quebrou um muro e arremessou uma Brasília na varanda da casa.
"Perdemos tudo. Tive de subir na pia e, mesmo assim, a água ainda chegava na altura da minha barriga. O barulho era terrível e a correnteza chegou a formar ondas dentro de casa", diz.
Segundo estimativas da prefeitura, Mauá conta com 40 mil moradores em áreas de risco (10% da população). Destes, 5.000 vivem em situação crítica. O plano de mapeamento das áreas de risco mais recente foi elaborado em 2004.


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