|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Após 3 meses, ainda há controvérsia
DA AGÊNCIA FOLHA
Quase três meses depois de sua
publicação, o Estatuto do Desarmamento ainda gera controvérsia. Para seus defensores, contribui para diminuir a criminalidade, reduzindo a circulação de armas. Já entre seus opositores, a
opinião mais freqüente é que o estatuto serve apenas para desarmar a população "de bem".
Para Paulo Sérgio Pinheiro, pesquisador associado ao Núcleo de
Estudos da Violência da USP e ex-secretário nacional dos Direitos
Humanos (governo FHC), o estatuto aponta para o caminho correto, mas "é tímido".
Ele diz considerar necessária a
suspensão da venda de armas de
fogo, o que poderá ocorrer após
referendo público em outubro de
2005. Pinheiro disse que a sensação de segurança que uma arma
pode dar "é totalmente falsa".
"Há centenas de pesquisas no
mundo que mostram que a possibilidade de você ser ferido ou
morto se estiver armado é maior."
Na opinião do sociólogo Tulio
Kahn, ao tirar armas de circulação no país, a lei deve diminuir os
crimes cometidos em situações
como brigas de bar e discussões
no trânsito.
Já o deputado federal Luiz Antonio Fleury Filho (PTB-SP) afirma que o maior problema do estatuto é que, com ele, "o bandido
vai ter certeza de não encontrar
arma [com a vítima]".
O deputado estadual Conte Lopes (PP-SP) afirmou que "desarmaram apenas a população. O
bandido continua armado".
Texto Anterior: Violência: Governo Lula adia início de desarmamento Próximo Texto: Lei do PR resulta no recolhimento de 5.500 armas Índice
|