DA REPORTAGEM LOCAL

Números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a cidade de São Paulo possui um déficit habitacional de 380 mil moradias e, no entanto, possui 420.327 vagas. A região central é a que tem a maior taxa de desocupação, representando 18,2% do total.
A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) afirma que, de janeiro de 2003 até março deste ano, entregou 25 mil unidades habitacionais no Estado. Dessas, 6.232 foram na cidade de São Paulo, onde há ainda 15 mil unidades em construção. A meta da CDHU é entregar 80 mil moradias.
A companhia afirma, no entanto, que não possui lista de espera nem cadastramento para quem quiser se candidatar a uma vaga. De acordo com a assessoria da CDHU, são abertos sorteios para os interessados a cada nova unidade inaugurada. Apenas moradores de cortiços, áreas de risco e favelas são cadastrados, pois passam por outros procedimentos.
Reportagem publicada pela Folha, no último dia 4, mostrou que o governo do Estado cumpriu menos de um terço de sua meta habitacional prevista no Plano Plurianual 2000-2003 (PPA). Das 180 mil unidades habitacionais que deveriam ser entregues em todo o Estado até o ano passado, o governador Geraldo Alckmin entregou 59.700. A elaboração do PPA é uma exigência da Constituição do Estado e estabelece metas, indicadores e custos.
O secretário estadual da Habitação e presidente da CDHU, Barjas Negri, disse que o Estado encontra muita dificuldade para executar a entrega dos empreendimentos habitacionais, pois, segundo ele, é muito difícil viabilizar terrenos com as prefeituras.
Quanto à criação do Fundo Estadual de Habitação, uma das reivindicações dos movimentos de moradia, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Habitação informou que o projeto do fundo está em estudo.
A Secretaria Municipal da Habitação pretende entregar 39 mil unidades até o final do ano. A secretaria também urbanizou 69 loteamentos e concedeu 18 mil títulos de construção de moradias.


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