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entrevista
"Ele é meu filhote do coração"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO
ALEGRE
Após obter o direito de
ver o filho, Ivelise Maria
Flach, 45, falou com a Folha ontem no escritório de
sua advogada, no centro
de Porto Alegre (RS). A seguir, trechos da entrevista:
FOLHA - Por que decidiu recorrer à Justiça?
IVELISE FLACH - Pela forma
como ocorreu o rompimento. Nós nos separamos de maneira litigiosa,
porque houve uma traição.
Para não prejudicar o meu
filho, saí do apartamento,
que também é meu. No
início, tinha a palavra da
minha companheira de
que nunca me afastaria
dele, mas ela começou a
jogar, dizer para eu pegá-lo na escolinha em um dia
tal e depois não podia mais
pegar. Comecei a me sentir sem recurso. Ela estava
com tudo na mão, pois ele
é registrado só no nome
dela, que é a mãe biológica.
Entrei na Justiça para ter
o direito de dar a ele todo o
meu afeto. A família de hoje não é mais como era antigamente e isso não a desmerece porque o amor supera questões de legalidade e de sangue. Ele é meu
filhote do coração e tenho
certeza da minha participação na vida dele.
FOLHA - Qual a expectativa
em rever o filho amanhã?
IVELISE - Acho que, nesse
primeiro contato de quatro horas, as duas primeiras sejam um pouco estranhas, mas tenho certeza
de que depois vamos estar
agarrados de novo.
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