São Paulo, quinta-feira, 20 de maio de 2004

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OUTRO LADO

Advogados ainda tentam acesso ao inquérito

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO

Os advogados dos empresários Jaisler Jabour de Alvarenga e Francisco Danúbio Honorato, dois dos alvos da Operação Vampiro, tentavam até o final da tarde de ontem ter acesso ao inquérito, que está sob sigilo, para definir qual procedimento adotariam para tentar soltar os acusados.
Segundo o advogado Rodrigues Prado, que representava Honorato, o empresário não participou da compra de derivados de sangue investigada pela Polícia Federal. O advogado disse ainda que Honorato prestava assessoria a empresas que participavam de licitações do governo.
"Ele não era réu, não estava indiciado. A apuração é de 2003. Não sabemos o que aconteceu", afirmou Prado.
Já os advogados de Alvarenga aguardavam para ter acesso aos documentos.
A Folha tentou localizar os advogados dos outros presos, mas não conseguiu até o fechamento desta edição.
O vice-presidente do "Jornal de Brasília", Lourenço Peixoto, que estava foragido até o fechamento desta edição, também não foi localizado. E não houve resposta a recado deixado na redação do "Jornal de Brasília".
No telefone da casa de Manoel Pereira Braga Neto, que substitui Luiz Carlos Gomes da Silva como coordenador-geral de recursos logísticos do ministério, ninguém foi localizado.
A Polícia Federal não informou os nomes dos advogados responsáveis pela defesa de Marcelo Pupkin Pitta, Laerte de Arruda Correa Júnior e Elias Esperidião Abboadalla, todos presos em São Paulo na manhã de ontem.
José Serra, ministro da Saúde durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, informou ontem, por sua assessoria, que ainda está tentando entender a operação. Disse ainda que considera ótimo que as investigações sejam feitas, que os possíveis culpados sejam punidos e o dinheiro devolvido.
Gonzalo Vecina, secretário municipal da Saúde de São Paulo, disse, por meio de seus assessores, que nada tem a declarar. Vecina presidiu a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, durante a gestão do ministro José Serra e permaneceu à frente do órgão até março do ano passado.
O cardiologista Adib Jatene, ministro da Saúde nas gestões de Fernando Collor e de Fernando Henrique Cardoso, passou a tarde e o início da noite em cirurgia. Segundo sua secretária, Jatene possivelmente comentaria os fatos hoje.
A Folha ligou para a casa do empresário Armando Garcia Coelho, preso no Rio, mas a pessoa que atendeu, que não se identificou, disse não saber quem é seu advogado.
Até a conclusão desta edição, a reportagem não havia conseguido falar com representantes da casa de câmbio Dunes Non Stop-Câmbio e Turismo.


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