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FILANTROPIA
Entidade mantida por sindicato inaugura hoje a sua nova sede em Mairiporã (Grande SP)
Projeto Meu Guri amplia atendimento
DA REPORTAGEM LOCAL
Em plena serra da Cantareira,
na região da Grande São Paulo,
seis casas coloridas, com piscina
e quadra de esportes, são construídas para abrigar um público
exclusivo: crianças que vivem
em situação de risco devido à desestruturação familiar. São as
novas instalações do Centro de
Atendimento Biopsicossocial
Meu Guri, que serão inauguradas, hoje, às 12h, em Mairiporã.
A sede provisória da entidade
filantrópica ficava no Tucuruvi
(zona norte de São Paulo) desde
que foi criada pela Força Sindical
e pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo em 1997.
Até hoje, o projeto atendia 33
crianças em situação de risco,
com o intuito de reestruturação
e reintegração familiar. Com as
novas instalações serão criadas
mais 87 vagas, totalizando 120.
A nova sede está avaliada em
R$ 5,5 milhões. O dinheiro veio
de empresários, do governo do
Estado e de um empréstimo do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), de R$ 1,380 milhão.
Foram necessários três anos
para o projeto da obra sair do
papel -tempo necessário para
adequação a todas as exigências
legais, já que a entidade vai ocupar um terreno em área de proteção ambiental.
O local terá ainda um centro
administrativo no qual funcionarão salas de aula, biblioteca,
brinquedoteca e enfermaria.
A meta é disponibilizar os
equipamentos de lazer para a comunidade vizinha e expandir o
Meu Guri a crianças que, mesmo
morando com a família, precisam, por exemplo, de receber assistência educacional.
Com isso, o gasto mensal da
entidade deve passar dos atuais
R$ 20 mil para R$ 80 mil. Todo o
trabalho assistencialista é mantido com doações, segundo a presidente do Meu Guri, Elza de Fátima Costa Pereira.
Elza também ocupa a vice-presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. É casada
com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o
Paulinho, idealizador da entidade filantrópica.
Cada criança que entra na entidade é "adotada" por uma empresa, que doa ao Meu Guri R$
500 por mês. Elza também costuma apresentar o projeto em
assembléias de trabalhadores,
que podem adotar uma criança
em conjunto. Quando aprovada
pelos funcionários, a doação é de
R$ 0,50 descontados por mês no
salário de cada um, no máximo.
"O importante é eles [os trabalhadores] terem consciência de
que também participam e pensarem em algo além de sua casa,
de seu próprio filho", diz Elza.
Na casa-abrigo, as crianças
têm atendimento médico, odontológico e educacional. A única
exigência é que, ao entrar no
projeto, a criança tenha no máximo sete anos. Porém, quando
o abrigado possui um irmão
mais velho, ele também é acolhido, mesmo que sua idade supere
o limite de sete anos.
Quando a criança volta para
casa -o Juizado da Infância e da
Juventude determina tanto a ida
da criança para o Meu Guri como o retorno à família- a entidade repassa os R$ 500 provenientes da "adoção" para os
pais. Esse repasse dura um ano,
período no qual as assistentes
sociais do projeto mantêm visitas a criança.
Saiba mais sobre a entidade no site
www.meuguri.com.br
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