|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Alô, Xuxa! Eu não nasci em Niterói, ouviu bem?
BARBARA GANCIA
Colunista da Folha
A polêmica entre a Xuxa e
a família do Luciano Szafir foi
a gota d'água: se alguém me
contar mais uma só mentira,
por mais inócua que seja, saio
correndo, gritando e arrancando os cabelos.
Eu sei, eu sei. Ninguém mais
aguenta ouvir falar na bendita
gravidez da dona Xuxa. Mas,
me diga você, ó leitor de bom
senso: o que a gente tem a ver
com essa história?
Se a Xuxa quer ter nenê, que
tenha. Que vá para Nova York
fazer inseminação artificial ou
para o raio que o parta se fazer
fertilizar do jeito que achar
melhor.
Mas não venha querer me
entuchar seu Mágico Achocolatado ou as roupinhas da sua
grife infantil, que eu não nasci
com quatro patas, orelhas longas e nem tenho o costume de
andar por aí relinchando.
Que mal eu fiz para merecer
abrir uma revista no consultório médico e dar de cara com a
afirmação do Luciano Szafir,
de que ele beija "a barriguinha
da Xuxa todos os dias"?
Que pecado terei cometido
para ser o saco de pancada
desses preguiçosos jornalistas
de variedades? Calma, que eu
explico o "preguiçosos": se um
jornalista que cobre a história
da gravidez da Xuxa por acaso
publicar alguma versão que
não a fornecida pela animadora, é capaz de ela nunca mais
atender a um telefonema do
dito cujo. Ou pior.
Para o profissional da imprensa de variedades, é bem
mais cômodo fechar o olho do
que correr o risco de ser processado por publicar alguma incômoda verdade que não pode
ou não tenta provar.
E, como no mundo do show
business ficção e realidade andam de mãos dadas, a gente
vai engolindo o lixo oficial que
as estrelas fabricam.
Mas não é só das meias verdades, armadas, segundo declarou a Betty Szafir, por duas
"senhoras muito amigas (vox
populi vox Dei)" que vive essa
imprensa covarde e relapsa.
O Ratinho envia sei lá quantas toneladas de macarrão para as vítimas da seca e todos
batem palmas.
Será que não passa pela cabeça de ninguém que o dinheiro que pagou esse macarrão todo veio dos trouxas que compram a cartilagem de tubarão
e os complexos emagrecedores
que ele anuncia?
Bem, agora, para pagar a língua, só me falta ser escalada
para cobrir o casamento do
"playboy" e "milionário" Chiquinho Scarpa, que acontece
na semana que vem.
QUALQUER NOTA
Santa ignorância
Esse Ratinho! Está mais para
Confuso do que para Confúcio.
No capítulo "Veados e Boiolas",
de sua recém-lançada biografia,
diz que "o nome veado foi muito
bem sacado, porque eles andam
rebolando". Ora, Ratinho! "Viado" vem de transviado, sabia não?
Poder do cascalho
Outro que anda investindo no
marketing é o comandante Rolim.
Acabo de receber "Cartas do Comandante - Encantando o Cliente", com a correspondência que o
chefão da TAM mantém com sua
clientela. Pobres árvores!
Dá-lhe Nike!
Já que a música "Mas Que Nada" virou hino informal da seleção, vale ouvir a versão que Leo
Gandelman fez do sucesso de Jorge Ben, no disco "Pérola Negra".
E-mail:barbara@uol.com.br
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|