São Paulo, domingo, 20 de junho de 2004

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Paisagem de sal inspirou Dalí

ESPECIAL PARA A REVISTA

Impressionante. Assim é o maior deserto de sal do planeta, o Salar de Uyuni, na Bolívia. Não foi por acaso que sua paisagem de sal e esculturas naturais de pedra inspirou a pintura surrealista do catalão Salvador Dalí. A travessia de três dias para cruzá-lo, a bordo de um veículo 4x4, passando por vulcões, gêiseres, lagoas coloridas repletas de flamingos e surpresas reveladas a cada hora é uma das experiências mais impactantes da porção sul do continente.
A jornada que liga as cidades de São Pedro de Atacama, no norte do Chile, a Uyuni, no sul da Bolívia, começa a 2.800 m de altitude. Em poucas horas, rodando sobre a areia dourada, ao pé do vulcão Lincabur, avista-se a Laguna Verde. A tonalidade pastel tinge a paisagem, intensificando o contraste com a lagoa esmeralda. A breve caminhada até a lagoa pode provocar náusea leve e dor de cabeça, pois a altitude já beira os 4.500 m.
Segue-se então rumo ao norte, subindo a 4.800 m para visitar o Sol de Mañana, gêiseres que, como grandes caldeirões prestes a explodir, expelem gases quentes, deixando forte cheiro de enxofre. A alguns quilômetros dali, a água que corre submersa no solo vulcânico, com temperatura beirando os 30C, aflora em poças, convidando o viajante para um banho.
O terceiro e último dia guarda as imagens mais esperadas, a mais clássica paisagem do salar: uma vasta e plana superfície branca de sal. A travessia custa em média US$ 60 pelos três dias, incluindo hospedagem e refeições. É importante, entretanto, que o viajante leve sua própria água.


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