da Agência Folha

Com os números divulgados pelo ministro José Serra sobre os coeficientes de incidência e novos casos de Aids no Brasil, a região Sul assume a liderança no país como a que tem o maior coeficiente: 11,5 casos por 100 mil habitantes.
O índice foi puxado para cima devido à situação do Rio Grande do Sul. Com 1.484 novos casos, o Estado possui o coeficiente mais alto do país: 15,7 casos por 100 mil habitantes.
Para o governo do Rio Grande do Sul, os registros de casos de Aids aumentaram no Estado porque houve o combate à subnotificação dos doentes nos hospitais de Porto Alegre.
"Junto com a prefeitura criamos um programa, no ano passado, que acompanhou os registros dos doentes. Assim os números aumentaram", disse a coordenadora do Programa Estadual DST/Aids, Nêmora Barcellos.
Outro fator apontados por ela foi o avanço da epidemia entre os usuários de drogas e entre as mulheres. "A cada quatro novos casos, um é usuário. Para cada dois homens há uma mulher soropositiva".
Segundo Barcellos, o governo criou um programa emergencial de redução de danos aos usuários de drogas. Monitores do programa acompanham áreas mapeadas em Porto Alegre, onde distribuem camisinhas, trocam seringas e fazem assistência social dos usuários.
A primeira área foi definida em 1995. Hoje são 13 áreas.
Em Santa Catarina, a prevenção da mulher é a principal meta de para evitar o avanço da Aids. No Estado, há regiões em que a proporção é de uma mulher soropositiva para cada homem soropositivo.
Proporcionalmente, o número de mulheres contaminadas cresceu 25 vezes. Há uma década, segundo a Gerência de DST/Aids do Estado, havia uma mulher contaminada para 25 homens soropositivos.
Pelos números do ministério, Santa Catarina teve em 1997 683 casos novos, com um coeficiente de 14,3 casos por 100 mil habitantes.
No Paraná, a diretora de Vigilância e Pesquisa da Secretaria da Saúde, Mariângela Galvão Simão, 42, disse não ter se surpreendido com a redução do índice de ocorrência de Aids no Estado entre 1996 e 97. Os números do PR: 467 novos casos e um coeficiente de 5,4 casos por 100 mil habitantes.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice