São Paulo, sexta-feira, 20 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice CONTRASTES URBANOS Trabalho voluntário em instituição de caridade leva estudante de área nobre à periferia "Foi um choque ir dos Jardins ao Grajaú" André Sarmento/Folha Imagem O estudante Rodrigo Cassarino, que faz trabalho voluntário em uma instituição no Grajaú (zona sul) DA REPORTAGEM LOCAL O estudante de administração de empresas Rodrigo Cassarino, 21, diz que tinha todo o potencial para ser mais um "mauricinho" dos Jardins "sem a menor consciência social" sobre sua cidade. Cassarino, no entanto, conseguiu agregar as baladas, os cinemas e o consumo típico da classe média alta a que pertence à prática solidária que acredita ser a chave para remediar a desigualdade em São Paulo. Regularmente, ele se dispõe a encarar um trajeto de uma hora que liga os Jardins ao Grajaú, na extrema zona sul da cidade, para cuidar de crianças abandonadas que vivem em um lar beneficente da região. O estudante não esquece da primeira vez em que foi para a periferia, no ano passado. "Foi um choque enorme sair dos Jardins e chegar ao Grajaú. Tudo é muito diferente", lembra. "E receber um obrigado das crianças vale qualquer trampo", diz. "O mínimo que pessoas como eu, com condições econômicas e sociais melhores, pode fazer é ajudar quem tem menos oportunidades, seja com trabalho voluntário, seja com doações." (FM) Texto Anterior: Retrato de SP: Jovens se concentram nas piores áreas de SP Próximo Texto: Especialistas se dizem otimistas Índice

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