DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo brasileiro encaminhou ontem à Islândia um pedido oficial para que o ex-cirurgião plástico Hosmany Ramos seja extraditado.
Preso no país europeu desde a semana passada, ele está foragido da Justiça do Brasil desde janeiro. Hosmany deixou a penitenciária de Valparaíso (SP) para passar o Natal com a família e não voltou.
No documento, enviado pelo Ministério da Justiça, foi anexado o mandado de prisão do ex-médico, condenado a cumprir pena de 47 anos de prisão por homicídio, roubo de joias e carros, tráfico de drogas e contrabando.
De acordo com a Secretaria Nacional de Justiça, órgão do Ministério da Justiça responsável pelo pedido de extradição, espera-se "camaradagem" e "reciprocidade" por parte do governo da Islândia para a volta de Hosmany.
Assim que o pedido for analisado -e aprovado- pelas autoridades islandesas, o governo brasileiro decidirá como será a logística da extradição do ex-cirurgião. Ele poderá retornar em um voo comercial ou, se necessário, em um avião da Polícia Federal, que seria deslocado exclusivamente para trazê-lo de volta ao Brasil.

"Ameaçado"
Hosmany Ramos foi preso na Islândia ao tentar entrar no país com um passaporte falso em nome do irmão, já morto. O ex-cirurgião disse, em entrevista à imprensa local, sentir-se "ameaçado" caso voltasse ao seu país natal.


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