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Câmara de SP aprova restrição a fretados
Por 39 votos a 13, Legislativo confirma a medida, já em vigor, sem grandes alterações
Vereadores também aprovaram teto de R$ 22 mil para o funcionalismo; salário de secretários pode passar de R$ 5.300 para R$ 18.500
CONRADO CORSALETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
A Câmara aprovou ontem,
em votação final, o projeto de
lei do prefeito Gilberto Kassab
(DEM) que confirma a restrição de circulação dos ônibus
fretados no centro expandido.
A medida já estava em vigor
desde 27 de julho, após publicação de portaria do Executivo.
Kassab, no entanto, queria dar
segurança jurídica à restrição,
motivo pelo qual enviou o projeto e trabalhou forte por sua
aprovação. Apenas o PT e o PC
do B votaram contra. O placar
no plenário foi de 39 votos a 13.
Houve poucas mudanças
práticas em relação às medidas
já postas em vigor. Os vereadores acrescentaram a criação de
uma comissão, sem poder de
decisão, para analisar eventuais mudanças na restrição.
Ela será formada por três representantes de usuários, três
dos empresários do setor e seis
do governo. Mas a palavra final
a respeito de qualquer alteração nas regras continua nas
mãos de Alexandre de Moraes,
secretário de Transportes.
Outro dispositivo negociado
por integrantes da base de Kassab tenta facilitar a vida dos
ônibus fretados para turismo.
Atualmente, esses veículos
precisam de autorização específica cada vez que saírem para
circular. Se a lei for sancionada
por Kassab, o que deve ocorrer
nos próximos dias, essas autorizações passarão a ser anuais.
Vereadores que apoiam o
prefeito dizem existir um acordo, não escrito, para que o Executivo trate, em breve, da questão de fretados na avenida Faria Lima. Estudos já foram encomendados para avaliar a
eventual liberação dos veículos
na região, que não dispõe de
ampla rede de transporte. Não
tem metrô, por exemplo.
Após a entrada em em vigor
da restrição, houve uma série
de protestos na cidade. Os
usuários que desembarcavam
na avenida Luis Carlos Berrini
chegaram a fechar a marginal
Pinheiros. Isso fez com que a
prefeitura recuasse nesse caso
específico e liberasse a circulação dos fretados na Berrini, onde não há rede de metrô.
O vereador Jamil Murad (PC
do B) chegou a apresentar uma
emenda a fim de anistiar as empresas já multadas por desrespeitar a restrição, mas a proposta acabou rejeitada.
Os vereadores também aprovaram ontem o teto do funcionalismo municipal, definido
em 90% do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, o que representa hoje algo em torno de R$ 22 mil.
A nova lei abriu ainda caminho para o aumento dos salários dos secretários municipais,
que podem passar de R$ 5.300
para R$ 18.500.
Dezenove dos 26 secretários
recebem jetons por participarem de conselhos de empresas
municipais. Eles terão de abrir
mão desse ganho, que é de R$
6.000.
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