|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Furto foi descoberto ontem de manhã
DA SUCURSAL DO RIO
O primeiro delegado a saber do
furto do dinheiro apreendido pela
Operação Caravela foi o chefe de
Operações da Coordenação Geral
de Polícia de Repressão a Entorpecentes, Ronaldo Magalhães.
Ele chegou às 8h30 de ontem à
superintendência da PF no Rio e a
escrivã, que entrou às 8h, comunicou que a sala do cartório havia
sido arrombada.
"Entrei em contato imediatamente com o Ronaldo Urbano
[coordenador-geral de Polícia de
Repressão a Entorpecentes]. O diretor-geral da PF [delegado Paulo
Lacerda] estava na sala com ele.
Foi constrangedor para todos nós
que participamos da operação e
que desarticulamos a quadrilha.
Estou prestes a me aposentar,
mas vou adiar até que veja os responsáveis presos", disse ele.
Magalhães iria levar as notas
apreendidas para Goiânia porque
o processo do inquérito da operação está na 11ª Vara Federal Criminal daquela capital.
No sábado, Magalhães já havia
enviado para Goiânia US$ 495 mil
apreendidos dentro de uma mala,
que estava em um Porsche que
era usado por Rodrigo Ribeiro de
Palinhos Pereira, filho de José Antônio de Palinhos Jorge Pereira,
acusado de ser um dos chefes da
organização criminosa no Brasil.
O dinheiro apreendido que estava guardado na PF do Rio não
havia sido enviado para Goiânia
porque, até sexta-feira, não estava
definido se seria a Justiça Federal
do Rio ou a daquela capital que
iria julgar o caso.
"Com a definição de que o processo ficará em Goiânia, estamos
enviando para lá todos os bens
apreendidos com os integrantes
da organização, inclusive o dinheiro", disse Magalhães.
Hoje, 20 carros de luxo, que são
de supostos membros da quadrilha, serão enviados para Goiânia.
Eles são avaliados em R$ 1 milhão.
A PF solicitou ontem à Justiça o
seqüestro dos imóveis dos nove
supostos membros da organização, que foram presos. Palinhos é
vizinho de Vladimiro Leopardi
-formalmente dono dos restaurantes Satyricon e Capricciosa -
em um flat em Ipanema.
Os acusados disseram que só
vão se manifestar em juízo.
(JMX)
Texto Anterior: Dólares e euros somem da Polícia Federal Próximo Texto: Engenharia do crime: Dinheiro do BC foi despachado em vôo Índice
|