São Paulo, terça-feira, 20 de setembro de 2005

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Furto foi descoberto ontem de manhã

DA SUCURSAL DO RIO

O primeiro delegado a saber do furto do dinheiro apreendido pela Operação Caravela foi o chefe de Operações da Coordenação Geral de Polícia de Repressão a Entorpecentes, Ronaldo Magalhães.
Ele chegou às 8h30 de ontem à superintendência da PF no Rio e a escrivã, que entrou às 8h, comunicou que a sala do cartório havia sido arrombada.
"Entrei em contato imediatamente com o Ronaldo Urbano [coordenador-geral de Polícia de Repressão a Entorpecentes]. O diretor-geral da PF [delegado Paulo Lacerda] estava na sala com ele. Foi constrangedor para todos nós que participamos da operação e que desarticulamos a quadrilha. Estou prestes a me aposentar, mas vou adiar até que veja os responsáveis presos", disse ele.
Magalhães iria levar as notas apreendidas para Goiânia porque o processo do inquérito da operação está na 11ª Vara Federal Criminal daquela capital.
No sábado, Magalhães já havia enviado para Goiânia US$ 495 mil apreendidos dentro de uma mala, que estava em um Porsche que era usado por Rodrigo Ribeiro de Palinhos Pereira, filho de José Antônio de Palinhos Jorge Pereira, acusado de ser um dos chefes da organização criminosa no Brasil.
O dinheiro apreendido que estava guardado na PF do Rio não havia sido enviado para Goiânia porque, até sexta-feira, não estava definido se seria a Justiça Federal do Rio ou a daquela capital que iria julgar o caso.
"Com a definição de que o processo ficará em Goiânia, estamos enviando para lá todos os bens apreendidos com os integrantes da organização, inclusive o dinheiro", disse Magalhães.
Hoje, 20 carros de luxo, que são de supostos membros da quadrilha, serão enviados para Goiânia. Eles são avaliados em R$ 1 milhão.
A PF solicitou ontem à Justiça o seqüestro dos imóveis dos nove supostos membros da organização, que foram presos. Palinhos é vizinho de Vladimiro Leopardi -formalmente dono dos restaurantes Satyricon e Capricciosa - em um flat em Ipanema.
Os acusados disseram que só vão se manifestar em juízo. (JMX)


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