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Pai precisa ser presente, dizem psicólogos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A falta de interesse do
pai não causa problemas
apenas nos casos clássicos
de abandono afetivo. Morar na mesma casa e não
acompanhar o desenvolvimento dos filhos pode ser
tão prejudicial quanto, dizem especialistas consultados pela reportagem.
"A presença tem que ser
de participação, de uma
existência na vida do filho.
Além de servir de modelo
e modelo de futuro pai que
aquele filho vai ser, ele
tem que acompanhar,
orientar, estar presente
na educação familiar",
afirma Iolete Ribeiro da
Silva, integrante do Conselho Federal de Psicologia e professora da UFAM
(Universidade Federal do
Amazonas).
Espírito ausente
Um pai distante pode
ser pior que um pai morto,
diz o psicólogo e terapeuta
familiar Edson Assis.
"Um dos grandes problemas hoje é que os pais
não conseguem cumprir a
função paterna. Muitas
vezes, estão presentes fisicamente, mas ausentes de
espírito", afirma ele.
Problemas de relacionamento, falta de limites e
envolvimento com crimes
são algumas das possíveis
consequências do filho
que se sente rejeitado pelo
pai, diz Assis.
Não são todas as situações de abandono parental, porém, que geram
traumas na criança, de
acordo com Silva.
"Não é algo que se possa
generalizar. Para muitos,
é sentida como uma falta
muito forte, mas há situações em que a pessoa
consegue identificar outras pessoas que ocupam
o lugar que seria do pai,
como um tio."
(JN)
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