São Paulo, domingo, 20 de setembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pai precisa ser presente, dizem psicólogos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A falta de interesse do pai não causa problemas apenas nos casos clássicos de abandono afetivo. Morar na mesma casa e não acompanhar o desenvolvimento dos filhos pode ser tão prejudicial quanto, dizem especialistas consultados pela reportagem.
"A presença tem que ser de participação, de uma existência na vida do filho. Além de servir de modelo e modelo de futuro pai que aquele filho vai ser, ele tem que acompanhar, orientar, estar presente na educação familiar", afirma Iolete Ribeiro da Silva, integrante do Conselho Federal de Psicologia e professora da UFAM (Universidade Federal do Amazonas).

Espírito ausente
Um pai distante pode ser pior que um pai morto, diz o psicólogo e terapeuta familiar Edson Assis.
"Um dos grandes problemas hoje é que os pais não conseguem cumprir a função paterna. Muitas vezes, estão presentes fisicamente, mas ausentes de espírito", afirma ele.
Problemas de relacionamento, falta de limites e envolvimento com crimes são algumas das possíveis consequências do filho que se sente rejeitado pelo pai, diz Assis.
Não são todas as situações de abandono parental, porém, que geram traumas na criança, de acordo com Silva.
"Não é algo que se possa generalizar. Para muitos, é sentida como uma falta muito forte, mas há situações em que a pessoa consegue identificar outras pessoas que ocupam o lugar que seria do pai, como um tio." (JN)


Texto Anterior: Mães e filhos adiam processo contra pais
Próximo Texto: CDHU mantém 382 apartamentos fechados há 1 ano
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.