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OUTRO LADO
Advogado diz estranhar novas acusações contra seu cliente
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Edson Keiti Sato,
que defende Jefferson Jorge Bernardo, afirma que seu cliente está
"abalado" com a decretação da
prisão temporária por cinco anos,
mas disse também que ele não deve se apresentar até que as novas
acusações sejam esclarecidas.
"Estranho que vítimas tenham
reconhecido meu cliente depois
de tanto tempo [o roubo ocorreu
no dia 25 de agosto]. Era noite, como podem ter tanta certeza?",
questiona o advogado.
Segundo Sato, Bernardo está
sendo crucificado. "Ele tem emprego fixo há mais de três anos. A
empresa está solidária com ele.
Vai responder pelo o que ele fez,
mas não é nenhum bandido", diz.
Bernardo trabalha como consultor em uma empresa de aparelhos audiovisuais em São Paulo.
O advogado afirma que ainda
vai ler o inquérito policial sobre o
roubo, mas adianta que as características dos ladrões, descritas
inicialmente pelas vítimas, não
correspondem com as de Bernardo. "Falam que os ladrões eram
altos, o que meu cliente não é."
Sato diz que Bernardo não se
apresentou à polícia porque ficou
muito abalado com as acusações.
"Ser acusado assim não é fácil.
Qualquer um ficaria abalado."
O advogado afirma que vai pedir nos próximos dias a revogação
da prisão temporária decretada
pela Justiça. "Esse pedido de prisão não está fundamentado. O
meu cliente, agora, é a bola da
vez", disse Sato.
Policiais procuraram Bernardo
ontem na casa de seus pais, em
Osasco (Grande São Paulo), na
casa da namorada -que estava
com ele no momento do acidente- e no trabalho.
No domingo, quando foi solto,
ele pediu desculpas, por meio da
imprensa, à família da estudante
Priscila Maria dos Reis, 16.
O rapaz também disse não ter
ingerido bebida alcoólica antes do
atropelamento -Bernardo saía
de uma festa da empresa onde
trabalha. Afirmou também, na
ocasião, que estava a 80 km/h
quando houve uma falha no sistema de freios do seu veículo.
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