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Aprovado projeto de antena de celular
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto muitos paulistanos já
pensavam só no Natal e no Ano
Novo, os vereadores aprovaram
ontem à noite quatro projetos que
influem diretamente na vida da
cidade: a definição da instalação
de antenas de celulares, as mudanças no ISS (Imposto Sobre
Serviços), a prorrogação do prazo
de anistia a imóveis irregulares e a
venda de títulos que podem render R$ 750 milhões à Prefeitura de
São Paulo.
Um dos mais polêmicos, o projeto das antenas de celulares proibiu a instalação desses equipamentos em escolas, creches, hospitais e aeroportos. No texto enviado pela prefeitura ao Legislativo, esses locais estavam liberados.
No entanto a proibição terá
pouco efeito porque o projeto não
define uma distância mínima que
as antenas devem manter desses
pontos. Assim, na prática, o equipamento poderá não ser instalado
em uma escola, mas pode ficar a
apenas dois metros dela.
A questão provoca muitas críticas de associações de moradores
porque não existem estudos definitivos sobre os efeitos desses
equipamentos na saúde.
A única restrição de distância
ocorre para hospitais e postos de
saúde. Nesses casos, as antenas de
celulares só podem ser instaladas
a um raio de cem metros, a menos
que as empresas responsáveis
apresentem um laudo técnico
apontando que não há efeitos.
São Paulo tem estimadas 4.000
antenas de celulares, mas apenas
4% estão regulares. O projeto prevê um prazo de um ano para que
as empresas adaptem os equipamentos à lei. O valor de autorização, que antes era de mais de R$
400, agora caiu para R$ 100, segundo funcionários do gabinete
de Nabil Bonduki (PT). Eles trabalharam no projeto, mas não
conseguiram implementar uma
série de sugestões.
O limite de radiação, outro ponto importante, ficou em 435, como define a legislação federal. Em
outras cidades, como Campinas, é
um quarto disso.
No projeto do ISS, o número de
itens subiu de 101 para 193. Mas,
segundo a Secretaria das Finanças, o aumento se deve em grande
parte ao desdobramento de algumas categorias. Entre os serviços
efetivamente novos estão principalmente alguns itens bancários.
De acordo com Laércio Mangabeira, assessor técnico da secretaria, os profissionais liberais não
terão aumento. Ele explicou que
apenas os descontos, que foram
de 40% neste ano, cairão para
20%, como já estava previsto.
No caso da prorrogação da anistia, o projeto dá mais seis meses
para quem ainda não tinha entrado com o pedido de regularização. O prazo tinha acabado havia
poucos dias. Apesar da prorrogação, a anistia está parcialmente
suspensa pela Justiça. A prefeitura
derrubou a liminar que suspendeu o benefício, mas apenas para
os imóveis de até 150 m2.
Há 800 mil construções irregulares na cidade. Até o final de novembro, quase 69 mil paulistanos
tinham entrado com o pedido de
regularização.
Já o quarto projeto importante
aprovado, o dos Cepacs (certificados de potencial adicional construtivo), é fundamental para que a
prefeita Marta Suplicy (PT) consiga implementar o pacote de obras
que já anunciou na região de Pinheiros (zona oeste), como a passagem subterrânea sob a avenida
Faria Lima.
(PDL)
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