DA REPORTAGEM LOCAL

A construtora Gafisa confirmou ontem a intenção de indenizar os moradores da comunidade ao lado de seu empreendimento na zona sul de São Paulo. Diz que o objetivo é dar e eles "uma melhor qualidade de vida".
A empresa mudou, entretanto, a versão de quem procurou quem -ela ou a subprefeitura- para o fechamento de acordo.
Primeiro, por meio de uma nota, disse que foi a subprefeitura quem os procurou. Por telefone, a assessora Camila Vech, da Máquina da Notícia, contratada pela Gafisa, disse que o acordo foi aceito.
Minutos depois, porém, a mesma assessora informou que a empresa mandaria uma segunda nota, mudando a posição. Nesta, a Gafisa diz que a iniciativa foi dela de procurar a subprefeitura. Não disse se o acordo foi aceitou ou não.
A assessoria informou, por telefone, que ninguém da Gafisa foi encontrado para informar sobre o acordo e que a reportagem poderia utilizar a versão da subprefeitura.
"A Gafisa informa que contatou a Subprefeitura de Santo Amaro buscando entendimento para a transferência da comunidade Campo Grande/Jurubatuba, localizada em local impróprio para a moradia, com o objetivo de oferecer uma melhor qualidade de vida aos moradores da região."
A nova versão surgiu minutos depois de o secretário Andrea Matarazzo, em nova ligação à Folha, dizer que teria sido a Gafisa a procurar o subprefeito de Santo Amaro, Geraldo Mantovani Filho, que não aceitou a parceria.
Mantovani Filho não mencionou esse fato à reportagem durante entrevista. Disse saber, porém, da intenção da empresa de indenizar as famílias.


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