São Paulo, sábado, 21 de fevereiro de 2009

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De 40 denúncias contra trote na UEL, oito viram processo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar de proibir o trote desde 1999, a UEL (Universidade Estadual de Londrina) registrou 40 denúncias contra a prática no ano passado. Dessas, apenas oito se transformaram em processo -as outras 32 ou não ofereciam provas suficientes, ou foram interrompidas pela fiscalização da UEL.
E mesmo quando um processo é instaurado, é rara a punição aos agressores: dos oito processos, seis foram arquivados e dois estão em tramitação.
Isso porque, em alguns casos, os calouros que teriam sido agredidos disseram que não se sentiram agredidos, constrangidos ou humilhados e que participaram do trote por livre e espontânea vontade. "É a cultura do trote, difundida desde os cursinhos", afirma Everson Cazarim, chefe da divisão de políticas de graduação e responsável pelo disque-trote.
Em três anos do serviço, só dois estudantes envolvidos em trotes foram suspensos -por uma semana. "E ainda que o calouro se sinta agredido, ele agride no ano seguinte, por vingança", conclui Cazarim. (CMC)


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