São Paulo, domingo, 21 de março de 2004

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Pacientes descobriram por acaso

DA REPORTAGEM LOCAL

O engenheiro Ervin Moretti, 50, nunca dispensou uma bebida e sempre se sentiu em forma. Até que, num exame rotineiro na empresa, o médico constatou alterações nas plaquetas, daí ao hematologista, os vários exames e a constatação de que era portador de hepatite C. "A única possibilidade foi uma cirurgia e uma transfusão", afirma.
Isso foi em 2000. O tratamento durou 14 meses com o Interferon comum e a Ribavirina, únicos na época. Após quatro meses, o vírus voltou mais resistente. Como já havia o Interferon Peguilado, ele recorreu à Justiça para que o Estado pagasse a medicação (quase R$ 5.000 por mês).
Hoje, ele tem 14 semanas de tratamento pela frente, com efeitos colaterais que tiram muitos pacientes do trabalho. Ele é um dos diretores da ONG Transpática.
Em Santos, o advogado e surfista Ever Felício de Carvalho, 39, também descobriu por acaso. Terminou o tratamento há um ano, mas teve de se valer tantas vezes da Justiça que virou assessor jurídico da ONG Esperança, uma das mais ativas e organizadas. "Era preciso entrar com ações para cada paciente que precisava de tratamento", diz. "Depois passou a ser o exame de biologia molecular, para monitorar o tratamento, que os planos de saúde não cobrem."



ONG Transpática 0800-7709988, site www.transpatica.org.br ONG Grupo Esperança: 0/xx/13/3222-5724, site www.grupoesperanca.org.br


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