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Pacientes descobriram por acaso
DA REPORTAGEM LOCAL
O engenheiro Ervin Moretti, 50,
nunca dispensou uma bebida e
sempre se sentiu em forma. Até
que, num exame rotineiro na empresa, o médico constatou alterações nas plaquetas, daí ao hematologista, os vários exames e a
constatação de que era portador
de hepatite C. "A única possibilidade foi uma cirurgia e uma
transfusão", afirma.
Isso foi em 2000. O tratamento
durou 14 meses com o Interferon
comum e a Ribavirina, únicos na
época. Após quatro meses, o vírus
voltou mais resistente. Como já
havia o Interferon Peguilado, ele
recorreu à Justiça para que o Estado pagasse a medicação (quase
R$ 5.000 por mês).
Hoje, ele tem 14 semanas de tratamento pela frente, com efeitos
colaterais que tiram muitos pacientes do trabalho. Ele é um dos
diretores da ONG Transpática.
Em Santos, o advogado e surfista Ever Felício de Carvalho, 39,
também descobriu por acaso.
Terminou o tratamento há um
ano, mas teve de se valer tantas
vezes da Justiça que virou assessor jurídico da ONG Esperança,
uma das mais ativas e organizadas. "Era preciso entrar com
ações para cada paciente que precisava de tratamento", diz. "Depois passou a ser o exame de biologia molecular, para monitorar o
tratamento, que os planos de saúde não cobrem."
ONG Transpática 0800-7709988, site
www.transpatica.org.br
ONG Grupo Esperança: 0/xx/13/3222-5724, site www.grupoesperanca.org.br
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