São Paulo, quarta-feira, 21 de março de 2007

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"Bilhete foi forjado", afirma Gianella

DA REPORTAGEM LOCAL

A presidente da Febem, Berenice Gianella, diz que a letra do bilhete contido no inquérito civil aberto pelo Ministério Público é parecida com a dela, mas afirma que o manuscrito foi forjado para incriminá-la.
Gianella admite que autorizou o pagamento de horas extras para funcionários em cargos de comissão na Funap, contrariando a ordem do Conselho de Política Salarial do governo do Estado.
Mas afirma que a concessão de horas extras foi necessária por causa do acúmulo de trabalho e da equipe reduzida e que a medida, apesar de proibida pelo governo, está prevista na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
"O que vale mais? A lei federal, a CLT, ou a decisão do governo?", afirmou Berenice. Ela disse, porém, que não comunicou seus superiores do ato de desobediência, que pode ser configurado em improbidade administrativa.
Berenice diz que costumava dar ordens por escrito quando dirigia a Funap e que "pessoas de má-fé" podem ter usado esses manuscritos para forjar um bilhete. "A letra é parecida, eu despachava muito à mão", afirmou ela, em frente ao bilhete. "Eu não sei como montaram isso."
Berenice afirma que desconhece a investigação do Ministério Público e da própria Funap. "Existiam vários funcionários aposentados que eu mandei embora. A gente não sabe o que pode ter gerado essa insatisfação."
Valter Bezerra Leite, ex-gerente de recursos humanos da Funap, afirma que também desconhece a investigação sobre o caso. Ele sustenta, porém, que não cometeu nenhum ato fora da lei e que não fazia nada sem autorização superior.
A reportagem não conseguiu localizar a ex-diretora administrativa e financeira Ana Claudia Marino Bellotti.


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