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"Bilhete foi forjado", afirma Gianella
DA REPORTAGEM LOCAL
A presidente da Febem,
Berenice Gianella, diz que a
letra do bilhete contido no
inquérito civil aberto pelo
Ministério Público é parecida com a dela, mas afirma
que o manuscrito foi forjado
para incriminá-la.
Gianella admite que autorizou o pagamento de horas
extras para funcionários em
cargos de comissão na Funap, contrariando a ordem
do Conselho de Política Salarial do governo do Estado.
Mas afirma que a concessão de horas extras foi necessária por causa do acúmulo
de trabalho e da equipe reduzida e que a medida, apesar
de proibida pelo governo, está prevista na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
"O que vale mais? A lei federal, a CLT, ou a decisão do
governo?", afirmou Berenice. Ela disse, porém, que não
comunicou seus superiores
do ato de desobediência, que
pode ser configurado em improbidade administrativa.
Berenice diz que costumava dar ordens por escrito
quando dirigia a Funap e que
"pessoas de má-fé" podem
ter usado esses manuscritos
para forjar um bilhete. "A letra é parecida, eu despachava
muito à mão", afirmou ela,
em frente ao bilhete. "Eu não
sei como montaram isso."
Berenice afirma que desconhece a investigação do
Ministério Público e da própria Funap. "Existiam vários
funcionários aposentados
que eu mandei embora. A
gente não sabe o que pode ter
gerado essa insatisfação."
Valter Bezerra Leite, ex-gerente de recursos humanos da Funap, afirma que
também desconhece a investigação sobre o caso. Ele sustenta, porém, que não cometeu nenhum ato fora da lei e
que não fazia nada sem autorização superior.
A reportagem não conseguiu localizar a ex-diretora
administrativa e financeira
Ana Claudia Marino Bellotti.
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