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Metrô atribui superlotação a Bilhete Único
Companhia reconhece que número de falhas nas linhas ainda é alto e vê queda na avaliação da qualidade dos serviços
Empresa diz que enfrenta problemas com melhoria do controle de tráfego, compra de trens novos e entrega parcial da linha 4-amarela
DA REPORTAGEM LOCAL
O Metrô reconhece que seus
trens estão superlotados, admite que o número de falhas é alto
e aceita, sem contestação, a
queda na avaliação da qualidade dos serviços. Para a companhia, isso tudo é reflexo do
aquecimento da economia e da
implantação do Bilhete Único,
que integrou o sistema aos ônibus da capital.
A companhia afirma que está
enfrentando o problema com a
melhoria tecnológica do sistema de controle de tráfego, compra de trens novos e reforma
dos que já existem, além da entrega parcial da linha 4-amarela e de novas estações nas linhas 2-verde e 5-lilás e a modernização das linhas de trens
da CPTM (Companhia Paulista
de Trens Metropolitanos), dando-lhes tecnologia de metrô.
Com isso, diz o diretor de Assuntos Corporativos do Metrô,
Sérgio Avelleda, em 2010 o sistema estará preparado até para
suportar novo aumento de demanda causado, por exemplo,
pela implantação do pedágio
urbano ou pela ampliação do
rodízio em São Paulo.
Dois metrôs do Rio
De acordo com Avelleda, desde 2005 o metrô de São Paulo
passou a receber mais 750 mil
passageiros por dia, o equivalente a dois metrôs do Rio.
"Temos o aumento da procura pelo metrô. E isso tem de ser
visto de uma maneira positiva
porque, por uma política pública, se possibilitou o acesso ao
transporte público", diz.
Ele afirma que a empresa está enfrentando o problema da
superlotação e outros decorrentes disso -lentidão, aumento dos problemas técnicos etc-
e diz esperar resultados em
dois anos. "Em 2010 você já vai
sentir uma melhoria brutal."
Avelleda admite que o metrô
funciona perto do limite hoje
-na linha 3-vermelha, até acima do limite- e que um novo
aumento significativo da demanda não seria suportada pelo sistema. Portanto, se mais
pessoas deixarem o trânsito para aderir ao transporte coletivo
por causa do aumento do rodízio ou do pedágio urbano, terão
de escolher uma alternativa.
Avelleda afirma que, até
2010, começarão as obras da linha 6, ligando a Freguesia do Ó
à estação São Joaquim, da linha
1-azul, e, na outra ponta, a ligação da Vila Prudente à avenida
do Oratório -esses dois trechos serão ligados posteriormente, passando por trechos
das zonas sul e leste.
Outra promessa é a continuação da linha 5-lilás do Campo Belo (estação a ser entregue
em 2010) até a Chácara Klabin,
na linha 2-verde.
A linha 2-verde, aliás, que
passa pela avenida Paulista,
cruzará com a linha 3-vermelha. Avelleda diz que o plano é
também começar as obras até
2010, após a entrega das estações Sacomã, Tamanduateí e
Vila Prudente. Já foi contratado o projeto funcional, que vai
definir se essa ligação será na
estação Tatuapé ou nas estações Carrão ou Penha.
Isso tudo sem contar a conclusão, até 2012, da linha 4-amarela, que será entregue no
final de 2009 ou início de 2010
com 5 das 11 estações previstas.
Financiamento
Avelleda diz que o novo sistema de controle de tráfego já está sendo contratado. Aguarda-se apenas a assinatura do contrato de financiamento com o
Banco Mundial, já autorizada
pelo Senado. Isso, segundo ele,
vai permitir que o intervalo entre os trens chegue ao mínimo
de 90 segundos -hoje, o intervalo médio é de 109 segundos
no horário de pico na linha 3.
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