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São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2003

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Mais dois procurados são presos

DA REPORTAGEM LOCAL

Mais dois sindicalistas se apresentaram ontem à Polícia Federal -aumentando para 13 o número de presos pela força-tarefa que investiga um suposto esquema de propina que envolveria a diretoria do sindicato dos motoristas e empresários do setor.
Edvaldo Gomes de Oliveira, o Dentinho, e Gerson da Silva Machado, conhecido como Fubá, prestaram depoimentos -informais- aos policiais federais.
Dentinho, que, conforme a Folha mostrou no início do mês, mora em uma casa com piscina colocada à venda por R$ 380 mil, disse que nunca recebeu propina e que desconhece qualquer esquema. Já Fubá afirmou que existiria um esquema de propina relacionado aos planos de saúde.
O advogado dos sindicalistas, Arnaldo Dantas, afirmou que não definiu a estratégia de defesa dos clientes e reclamou do fato de não ter acesso ao inquérito policial.
Outros quatro sindicalistas -um deles não teve o nome revelado- ainda são procurados pela PF. São eles: José Valdevan de Jesus (Noventa), José Domingos da Silva (Dominguinhos) e Paulo Cesar Barbosa (Paulão).
Até o final da semana, a PF deverá pedir a prisão preventiva de todos os acusados.
Anteontem, dois seguranças presos com Santiago foram liberados no final da noite.
A PF mostrou ontem uma carta que supostamente ligaria Edivaldo Santiago a Severino Teotônio do Nascimento, o Teotonho, preso no Centro de Detenção Provisória de Guarulhos e acusado de ter assassinado, há mais de dois anos, o presidente do sindicato dos motoristas da cidade, Maurício Alves Cordeiro.
Nela, o preso afirma que gostaria de ter "passado as festas na casa do amigo [Santiago], mas que não conseguiria".
A Polícia Civil também faz parte da força-tarefa e investiga a ligação de sindicalistas com pelo menos oito homicídios.


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