São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2008

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13 policiais serão interrogados sobre atentado a repórter

DA REPORTAGEM LOCAL

Por conta do atentado a tiros sofrido dia 15 pelo jornalista Edson Antonio Ferraz, 25, da TV Diário de Mogi das Cruzes, afiliada da Rede Globo, a Corregedoria da Polícia Civil interrogará hoje 13 policiais da cidade que, recentemente, foram alvo de reportagens dele.
Ontem, Ferraz, que agora é escoltado 24 horas por dia por policiais de um grupo de elite da polícia paulista, foi interrogado por mais de cinco horas na corregedoria e confirmou que, há alguns meses, denunciou policiais civis lotados na Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes, dentre os quais os 13 que serão interrogados hoje.
Os 13 policiais foram acusados pela Promotoria de cobrar propinas de donos de prostíbulos, desmanches de carros e de donos de máquinas caça-níqueis. À época dos supostos crimes, entre 2002 e 2004, todos -dois deles delegados- eram do Garra (Grupo de Repressão a Roubos e Assaltos).
Os 13 foram transformados em réus no início deste mês. Segundo a denúncia do Ministério Público, o delegado Eduardo Peretti Guimarães, chefe do Garra, liderava o suposto esquema de corrupção. Peretti nega os crimes.
No segundo caso denunciado por Ferraz em reportagem e pela Promotoria à Justiça, dois policiais foram acusados de roubar uma rádio pirata; no terceiro, quatro outros policiais foram denunciados por exigir R$ 5.000 do dono de uma padaria.
Na noite de quinta-feira, Ferraz trafegava, sozinho, por uma avenida de Mogi quando a picape com logotipo da TV Diário foi fechada por um Voyage. Encapuzado, o motorista do Voyage deu dois tiros na direção do veículo, mas não atingiu Ferraz nem o carro. (AC)


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