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13 policiais serão interrogados sobre atentado a repórter
DA REPORTAGEM LOCAL
Por conta do atentado a tiros
sofrido dia 15 pelo jornalista
Edson Antonio Ferraz, 25, da
TV Diário de Mogi das Cruzes,
afiliada da Rede Globo, a Corregedoria da Polícia Civil interrogará hoje 13 policiais da cidade
que, recentemente, foram alvo
de reportagens dele.
Ontem, Ferraz, que agora é
escoltado 24 horas por dia por
policiais de um grupo de elite
da polícia paulista, foi interrogado por mais de cinco horas na
corregedoria e confirmou que,
há alguns meses, denunciou
policiais civis lotados na Delegacia Seccional de Mogi das
Cruzes, dentre os quais os 13
que serão interrogados hoje.
Os 13 policiais foram acusados pela Promotoria de cobrar
propinas de donos de prostíbulos, desmanches de carros e de
donos de máquinas caça-níqueis. À época dos supostos crimes, entre 2002 e 2004, todos
-dois deles delegados- eram
do Garra (Grupo de Repressão
a Roubos e Assaltos).
Os 13 foram transformados
em réus no início deste mês. Segundo a denúncia do Ministério Público, o delegado Eduardo Peretti Guimarães, chefe do
Garra, liderava o suposto esquema de corrupção. Peretti
nega os crimes.
No segundo caso denunciado
por Ferraz em reportagem e
pela Promotoria à Justiça, dois
policiais foram acusados de
roubar uma rádio pirata; no
terceiro, quatro outros policiais foram denunciados por
exigir R$ 5.000 do dono de uma
padaria.
Na noite de quinta-feira, Ferraz trafegava, sozinho, por uma
avenida de Mogi quando a picape com logotipo da TV Diário
foi fechada por um Voyage. Encapuzado, o motorista do Voyage deu dois tiros na direção do
veículo, mas não atingiu Ferraz
nem o carro.
(AC)
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