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Policiais matam ex-agente suspeito de assassinar delegado no Rio de Janeiro
ITALO NOGUEIRA
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
A Polícia Civil do Rio matou
ontem o ex-policial Alexandre
Lins de Medeiros, suspeito de
ser o assassino do delegado Alcides Iantorno, 66, morto no
domingo com um disparo na
nuca, em um supermercado na
zona oeste. A polícia afirmou
que ele portava um revólver,
reagiu à abordagem, trocou tiros e foi baleado.
Três equipes, no total de 12
policiais, abordaram Medeiros
em Rocha Miranda (zona norte), quando saía do carro. Moradores da rua ouviram três ou
quatro disparos. Ele foi atingido no crânio e no tórax e chegou morto ao hospital.
Segundo o delegado Alan
Turnowski, que integrou a ação
e o abordou, Medeiros "sacou o
revólver e disparou, mas a arma
trancou". Em seguida, os policiais atiraram nele.
Uma vizinha, que pediu para
não ser identificada e saiu de
casa para ver o que ocorrera,
disse não ter visto arma com o
ex-policial. Segundo a polícia,
ele vestia a mesma roupa do
crime e aparentava estar drogado na hora da abordagem.
No apartamento onde vivia,
em um prédio de classe média
do Recreio, próximo à residência de Iantorno, Medeiros tinha
mais de 40 armas, pedaços ou
peças de armamentos, segundo
a polícia. Para os policiais, ele
era "armeiro" do tráfico. Vizinhos relataram que Medeiros
trabalhava na varanda, com o
toldo fechado, embora dissesse
atuar com "efeitos especiais".
No apartamento foram encontrados boné e mochila similares aos das filmagens do crime, recortes de jornal sobre
Iantorno, uma agenda com nome e endereço do delegado, de
um promotor de Justiça e de
um inspetor de polícia. O carro
usado para fugir do local do crime, um Palio prata, estava na
garagem, sem placa. A polícia
afirmou que o motivo do crime
foi vingança, porque o delegado
prendera Medeiros em 2003.
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