São Paulo, quinta, 21 de maio de 1998

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Obra clandestina desaba e deixa pedreiro ferido em São Paulo

da Reportagem Local

O pedreiro Antônio Cortez Peres ficou gravemente ferido às 13h de ontem ao ser soterrado na obra em que trabalhava na Vila Brasilândia (zona noroeste da cidade de São Paulo).
Peres estava ajudando a cavar um buraco em frente à casa da dona-de-casa Cristiane Ozório para construir uma garagem.
A casa fica cerca de três metros acima do nível da calçada. A garagem ficaria à frente e abaixo da casa de Cristiane.
Enquanto os quatro pedreiros que trabalhavam na obra cavavam, parte do que anteriormente era o piso do quintal da frente da casa caiu sobre Peres.
O pedreiro sofreu fratura da clavícula. Os bombeiros que o socorreram tiveram de fazer uma perfuração em seu peito para que ele pudesse respirar com a ajuda de aparelhos. Peres foi levado para o Hospital Geral da Vila Penteado (zona noroeste) e não corria risco de vida. Os médicos que o socorreram decidiram, entretanto, mantê-lo em observação.
Sem engenheiro
Para o pedreiro Ricardo Garrido, contratado por Cristiane para realizar a obra, o desabamento teria sido provocado por buracos feitos por formigas.
Garrido (que não é engenheiro, mas se apresentou como responsável pela obra) disse que costuma realizar esse tipo de trabalho para toda a vizinhança.
"Eu já fiz isso muitas vezes, e nada caiu até hoje. Dessa vez, a obra foi feita com cuidado. Essa tragédia poderia ter acontecido com qualquer um de nós", disse o pedreiro Garrido.
A obra havia sido iniciada há uma semana, e a previsão era que estivesse pronta até sexta-feira.
Cristiane disse não saber que seria necessário contratar um engenheiro e pedir autorização da prefeitura para fazer esse tipo de obra.



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