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Equipes de resgate já retiraram todos os corpos do Airbus; 41 foram identificados
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Após três dias de buscas,
equipes de resgate encontraram ontem a cabine onde estava a tripulação do Airbus-A320
da TAM, que na terça-feira bateu contra um prédio da própria companhia aérea, matando as 187 pessoas a bordo.
De acordo com o secretário
da Segurança Pública do Estado, Ronaldo Marzagão, os bombeiros têm dificuldades para
retirar o "nariz do avião", que
está preso sob duas lajes que
desabaram com o impacto.
No local, continua saindo fumaça e há focos de fogo. A aérea
é a mais perigosa para o trabalho das equipes de resgate devido ao risco de o concreto ceder.
Ontem, no entanto, a turbina
da aeronave foi retirada dos escombros. A polícia científica irá
periciar a peça da aeronave.
Além disso, seis sacolas com
partes de corpos das vítimas do
acidente foram levadas ao IML.
Ao todo, 213 sacolas já foram
recolhidas no local.
Segundo o tenente-coronel
Roberto Antonio Diniz, comandante da Polícia Militar,
todo os corpos dos passageiros
do avião foram retirados.
Mas, de acordo com o capitão
Mauro Lopes, porta-voz do
Corpo de Bombeiros, ainda há
áreas no prédio -que é subdividido em três partes- inexploradas por falta de segurança.
"Primeiro é preciso retirar as
estruturas que sofreram danos", afirmou Lopes. Até ontem, dois blocos do imóvel atingido foram liberados pelos
bombeiros para a perícia.
Os trabalhos de buscas prosseguiriam na madrugada de hoje. Ao menos 35 homens do
Corpo de Bombeiros estariam
no local. O número deve subir
para 60 durante o dia.
Logo pela manhã, quatro
cães devem se juntar aos bombeiros. Dois dos animais, as labradoras Ana e Dara, trabalharam também no resgate das vítimas do desabamento das
obras da estação de metrô Pinheiros, em janeiro último.
Corpos identificados
Peritos do IML identificaram ontem mais 16 corpos. A
Secretaria da Segurança Pública informou que 41 pessoas ao
todo já foram identificadas.
Hoje, técnicos do IML e equipes do Instituto de Medicina
Social e de Criminologia do Estado recolherão amostras de
sangue de parentes das vítimas.
A coleta será feita nos três hotéis que abrigam os familiares
em São Paulo.
Segundo a secretaria, o material será útil em caso de necessidade de exames de DNA para
identificar as vítimas.
(KLEBER TOMAZ, VERENA FORNETTI e FABIO MURAKAWA)
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