São Paulo, sábado, 21 de julho de 2007

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Equipes de resgate já retiraram todos os corpos do Airbus; 41 foram identificados

DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após três dias de buscas, equipes de resgate encontraram ontem a cabine onde estava a tripulação do Airbus-A320 da TAM, que na terça-feira bateu contra um prédio da própria companhia aérea, matando as 187 pessoas a bordo.
De acordo com o secretário da Segurança Pública do Estado, Ronaldo Marzagão, os bombeiros têm dificuldades para retirar o "nariz do avião", que está preso sob duas lajes que desabaram com o impacto.
No local, continua saindo fumaça e há focos de fogo. A aérea é a mais perigosa para o trabalho das equipes de resgate devido ao risco de o concreto ceder.
Ontem, no entanto, a turbina da aeronave foi retirada dos escombros. A polícia científica irá periciar a peça da aeronave. Além disso, seis sacolas com partes de corpos das vítimas do acidente foram levadas ao IML. Ao todo, 213 sacolas já foram recolhidas no local.
Segundo o tenente-coronel Roberto Antonio Diniz, comandante da Polícia Militar, todo os corpos dos passageiros do avião foram retirados.
Mas, de acordo com o capitão Mauro Lopes, porta-voz do Corpo de Bombeiros, ainda há áreas no prédio -que é subdividido em três partes- inexploradas por falta de segurança.
"Primeiro é preciso retirar as estruturas que sofreram danos", afirmou Lopes. Até ontem, dois blocos do imóvel atingido foram liberados pelos bombeiros para a perícia.
Os trabalhos de buscas prosseguiriam na madrugada de hoje. Ao menos 35 homens do Corpo de Bombeiros estariam no local. O número deve subir para 60 durante o dia.
Logo pela manhã, quatro cães devem se juntar aos bombeiros. Dois dos animais, as labradoras Ana e Dara, trabalharam também no resgate das vítimas do desabamento das obras da estação de metrô Pinheiros, em janeiro último.

Corpos identificados
Peritos do IML identificaram ontem mais 16 corpos. A Secretaria da Segurança Pública informou que 41 pessoas ao todo já foram identificadas.
Hoje, técnicos do IML e equipes do Instituto de Medicina Social e de Criminologia do Estado recolherão amostras de sangue de parentes das vítimas. A coleta será feita nos três hotéis que abrigam os familiares em São Paulo.
Segundo a secretaria, o material será útil em caso de necessidade de exames de DNA para identificar as vítimas.
(KLEBER TOMAZ, VERENA FORNETTI e FABIO MURAKAWA)


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