São Paulo, domingo, 21 de agosto de 2005

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OUTRO LADO

Para secretaria, causa é a falta de área para escolas

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria Estadual da Educação afirma que o principal motivo para que haja classes com número de alunos acima do recomendado é a dificuldade de encontrar terrenos em algumas regiões para a construção de escolas.
A reportagem pediu na última terça-feira uma entrevista com o secretário Gabriel Chalita (Educação) para que ele se posicionasse sobre os dados. A solicitação não foi atendida.
A coordenadora da Cogsp (coordenadoria de ensino da Grande São Paulo), Edna Matos, foi a escalada para responder aos questionamentos.
Segundo Matos, os locais em que há mais dificuldades para encontrar terrenos estão em regiões de mananciais -devido à política de preservação do ambiente- ou com alta concentração populacional.
Como exemplo do primeiro perfil, ela cita o bairro de Parelheiros (zona sul); a zona leste da capital e Itaquaquecetuba (Grande São Paulo) se encaixam no segundo modelo.
A coordenadora diz que o problema "é pontual" e nega que faltem recursos para a construção ou a ampliação de escolas. "De 2001 a 2004, foram criadas 6.125 salas, com investimento de R$ 358 milhões. Para 2005, temos previstos mais R$ 90 milhões", afirmou.
A coordenadora disse que, algumas vezes, as escolas aceitam novos alunos, mesmo que isso estoure o limite por classe, para proteger as crianças. "É melhor ter uma sala com 36, 37 [da 1ª à 4ª série] alunos do que fazer uma criança de sete anos andar até uma escola longe de casa."
Apesar de reconhecer o problema do número de estudantes por classe, a coordenadora disse que a situação do ensino na rede estadual vem melhorando no Estado.
Para amparar sua afirmação, ela cita iniciativas de capacitação de professores, como o Bolsa Mestrado -programa que oferece bolsas de pós-graduação a docentes da rede, desde que eles sejam aprovados nas universidades. "Temos muito o que caminhar, mas há uma boa vontade do governo", declarou Matos. (FT)


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