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OUTRO LADO
Para secretaria, causa é a falta de área para escolas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria Estadual da
Educação afirma que o principal motivo para que haja classes com número de alunos acima do recomendado é a dificuldade de encontrar terrenos
em algumas regiões para a
construção de escolas.
A reportagem pediu na última terça-feira uma entrevista
com o secretário Gabriel Chalita (Educação) para que ele se
posicionasse sobre os dados. A
solicitação não foi atendida.
A coordenadora da Cogsp
(coordenadoria de ensino da
Grande São Paulo), Edna Matos, foi a escalada para responder aos questionamentos.
Segundo Matos, os locais em
que há mais dificuldades para
encontrar terrenos estão em regiões de mananciais -devido
à política de preservação do
ambiente- ou com alta concentração populacional.
Como exemplo do primeiro
perfil, ela cita o bairro de Parelheiros (zona sul); a zona leste
da capital e Itaquaquecetuba
(Grande São Paulo) se encaixam no segundo modelo.
A coordenadora diz que o
problema "é pontual" e nega
que faltem recursos para a
construção ou a ampliação de
escolas. "De 2001 a 2004, foram
criadas 6.125 salas, com investimento de R$ 358 milhões. Para
2005, temos previstos mais R$
90 milhões", afirmou.
A coordenadora disse que, algumas vezes, as escolas aceitam
novos alunos, mesmo que isso
estoure o limite por classe, para
proteger as crianças. "É melhor
ter uma sala com 36, 37 [da 1ª à
4ª série] alunos do que fazer
uma criança de sete anos andar
até uma escola longe de casa."
Apesar de reconhecer o problema do número de estudantes por classe, a coordenadora
disse que a situação do ensino
na rede estadual vem melhorando no Estado.
Para amparar sua afirmação,
ela cita iniciativas de capacitação de professores, como o Bolsa Mestrado -programa que
oferece bolsas de pós-graduação a docentes da rede, desde
que eles sejam aprovados nas
universidades. "Temos muito o
que caminhar, mas há uma boa
vontade do governo", declarou
Matos.
(FT)
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