São Paulo, terça-feira, 21 de outubro de 2008

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Em vídeo, Lindemberg afirma que não sabia que havia atirado em amiga de Eloá

DA REPORTAGEM LOCAL DO "AGORA"

Em um vídeo divulgado ontem pela TV Record, Lindemberg Alves Fernandes afirmou que não sabia que tinha atirado na menina Nayara, amiga da sua ex-namorada Eloá.
Nas imagens, Lindemberg aparece algemado, com as mãos para trás, sem camiseta, em frente a uma cela e com o rosto machucado. Segundo a emissora, que não informou quando e por quem o vídeo foi feito, as imagens foram feitas logo após ele ser preso.
Ele responde a perguntas inaudíveis feitas por pessoas que não aparecem. "Eu atirei no sofá. Eu acho que atirei primeiro na Eloá", diz. "Um [tiro] foi eu que dei. Eu lembro que dei um na Eloá."
"Na Nayara, eu nem sabia que tinha atirado na Nayara."
Lindemberg explica na gravação que "depois da bomba [usada pela polícia para arrombar a porta do apartamento], eu não vi mais nada. Eu ouvi gritos." De acordo com a PM, a invasão ocorreu porque Lindemberg teria feito um disparo.
No vídeo, no entanto, ele não esclarece se o momento da invasão da PM foi antes ou depois de ele ter atirado. "Eu não estava pensando que a polícia ia lá, nem nada. Eu tava pensando em curtir cada minuto com ela [Eloá], ao lado dela. Só beijo no rosto. Ela me beijava no rosto."
Também disse que "queria voltar no tempo" e pôr fim ao ciúmes que tinha de Eloá.
Ontem, a advogada Ana Lúcia Assad ouviu o rapaz no CDP (Centro de Detenção Provisória), em Pinheiros. Segundo ela, o rapaz disse que só atirou após a polícia invadir o local.
Diferentemente do que Lindemberg disse na gravação, a advogada afirma ainda, que ele atirou a esmo -sem intenção de acertar nas duas garotas.
A advogada pediu que Lindemberg escrevesse uma carta de próprio punho na qual ele dizia se sentir ameaçado e que temia pela sua integridade física e por sua vida.
À noite, ele foi transferido para a penitenciária 2 de Tremembé, prisão onde ficam detentos sob ameaça.
Ibatuã Lourenço Alves, cunhado de Lindemberg, afirmou ontem que a família ainda não havia constituído um advogado para cuidar do caso. A reportagem não conseguiu falar com a advogada depois da declaração.


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