São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Taxa de ocupação de deficientes é menor

DA SUCURSAL DO RIO

A taxa de ocupação dos portadores de deficiência mental é de apenas 19,3%, muito abaixo dos 47,9% verificados para o conjunto da população.
Os mais integrados ao mercado são os deficientes visuais, cuja taxa de ocupação é de 40,8%. A taxa cai para 34% entre os portadores de deficiência auditiva e 24,8% entre os portadores de deficiência física ou motora. Os portadores de pelo menos um tipo de deficiência representam 14,5% da população brasileira.
No Censo 2000, o IBGE ampliou o conceito de deficiência, associando-o a dificuldades para ver, ouvir ou se locomover, mesmo com ajuda de equipamentos, ou deficientes mentais. Incluem-se aí idosos, mesmo que, ao longo da vida, não tenham tido deficiência.
Outro problema relacionado à deficiência é a pobreza: 10,6% dos deficientes que trabalham não têm rendimento, e 29,5% ganham até um salário mínimo. No total da população, 7,6% dos ocupados não têm rendimento, e 23,3% ganham até um salário mínimo.
Ter independência financeira é um dos motivos apontados por Reinaldo Aparecido dos Santos, 28, portador de deficiência mental, para conquistar uma vaga no mercado de trabalho. Ele é aluno da Apae-SP (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e participa das atividades da área de capacitação e orientação para o trabalho. Santos começará a trabalhar como empacotador numa empresa de remédios.


Colaborou Paloma Cotes, da Reportagem Local


Texto Anterior: Alunos da rede pública têm atraso maior
Próximo Texto: Desigualdade entre preto e branco continua
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.