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Acusados confirmam morte de Ivandel
DO "AGORA"
Policiais da Divisão Anti-Seqüestro (DAS) fizeram a reconstituição da suposta morte do jornalista Ivandel Machado Godinho
Júnior, 55, seqüestrado em 22 de
outubro de 2003. A encenação
terminou sem revelar novas pistas sobre o destino do jornalista.
Dois suspeitos do crime, Fabiano Pavan do Prado, 30, e Wilson
de Moraes Silva, 19, o Turu, participaram da reconstituição e voltaram a apontar o campinho de futebol onde o corpo do jornalista
teria sido enterrado, em Capão
Redondo (zona sul de SP).
A polícia queria que o terceiro
suspeito detido pelo crime, um
adolescente de 17 anos, também
estivesse na reconstituição, mas
sua participação foi negada pela
Vara da Infância e Juventude.
A encenação começou às 11h30
e terminou às 14h50, sem fornecer
novas indicações sobre a localização do corpo do jornalista. "A reconstituição confirmou os depoimentos que os acusados deram à
polícia", disse o delegado Eduardo Camargo Lima, da DAS.
O delegado disse que a polícia
pretende fazer novas buscas no
campinho, mas não disse quando.
Em 5 de janeiro, a DAS encontrou
no local ossos que foram apresentados como sendo de Godinho.
Um exame de DNA revelou que
os ossos eram de cabras e porcos.
Os policiais foram primeiro para o cativeiro na rua George Anselmi, onde Godinho teria sido
agredido a coronhadas após tentar fugir do cativeiro pela segunda
vez, três dias após o seqüestro.
Sem socorro, ele teria morrido.
Prado e Turu, que afirmam não
ter participado do assassinato do
jornalista, contaram como ajudaram a carregar o corpo para um
Fusca branco. O carro era dirigido
por Sidney Correia, 21, o Sidnelson, que está foragido.
Os peritos usaram um manequim feminino para representar
Godinho e veículos da polícia no
lugar do Fusca e das duas motos
que teriam levado os criminosos
ao campinho.
Crise nervosa
Fabiano Pavan do Prado, 30,
passou mal e esteve perto de desmaiar durante a reconstituição.
"Ele parece ter tido um ataque
de gastrite nervosa e vomitou ainda na DAS, antes de ir para a reconstituição", contou o perito
Agostinho Pereira Salgueiro, do
IC (Instituto de Criminalística).
Devido ao estado de saúde, Prado
não chegou a participar da segunda etapa da reconstituição, no
campinho de futebol.
A advogada de Wilson de Moraes Silva, 19, o Turu, Patrícia Penna Saraiva Marques, que acompanhou a reconstituição, disse que
seu cliente participou do seqüestro apenas como carcereiro, encarregado de levar remédios para
Godinho. Ela disse que Turu, desta vez, negou ter sido torturado.
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