JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

As desagradáveis picadas das injeções na veia que não é achada sob a pele brevemente poderão ser eliminadas. Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia e do Laboratório de Sistemas Eletro-Ópticos, EUA, financiados pela Reynolds Medical Inc., está tentando desenvolver um instrumento que a partir do efeito ultra-som Doppler poderá detectar facilmente veias dos braços e pernas.
A equipe é constituída pelos engenheiros François Guillot, James Larsen e Peter Rogers, que esperam criar um aparelho de baixo custo, portátil e miniaturizado.
O efeito Doppler ocorre quando ondas eletromagnéticas e sonoras interagem com um objeto em movimento. Nesse caso, enquanto a pele e o subcutâneo se mantêm estáticos, o sangue em uma veia está em movimento.
Assim, as ondas de ultra-som que são refletidas dos vasos sangüíneos mostram diferentes características e permitem localizar a veia procurada.
Esse sistema já é usado em aparelhos caros e sofisticados de ecocardiografia em serviços de diagnósticos cardiológicos e nos hospitais para avaliar a função cardíaca, a atividade das válvulas cardíacas e para analisar o fluxo sangüíneo intra-cardíaco.
Se o custo do instrumento, quando pronto, permitir seu uso rotineiro, a grande dificuldade dos enfermeiros em puncionar uma veia de um obeso ou de uma criança será resolvida.

Prática médica
No prefácio do livro "Do desejo à realidade de ser médico", da editora da Universidade Federal de Santa Catarina (e-mail: edusfsc@editora.ufsc.br), a professora Regina C. De Rosa Stella, da EPM/Unifesp, recomenda para jovens, pais, professores e aos que trabalham com adolescentes em busca de sua vocação profissional a leitura da obra.
Inicialmente, era uma tese de doutorado de Suely Grosseman na universidade catarinense, orientada por Zuleica M. Patrício. Depois, ambas concordaram em divulgar a pesquisa sob a forma de livro para ampliar a visão da sociedade sobre a medicina, o médico e o seu trabalho.
O livro, ao abordar a educação e a prática médica como um processo contínuo, analisa a trajetória da medicina e de ser médico e destaca as responsabilidades individuais e coletivas pela satisfação do médico com seu trabalho.


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