São Paulo, terça-feira, 22 de janeiro de 2008

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6,6 milhões vivem em áreas sob risco de febre amarela

Levantamento feito pela Folha mostra que maior parte das cidades em alerta está em GO

Com 66 municípios na lista, Estado do Centro-Oeste é o provável local de contágio de 10 dos 11 casos da doença já confirmados neste ano

ANGELA PINHO
JOHANNA NUBLAT

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Mais de 6,6 milhões de brasileiros vivem atualmente em municípios considerados em alerta para a febre amarela. A maioria está em Goiás.
Levantamento feito pela Folha aponta que são 92 os municípios sob risco da doença em seis Estados: Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pará, Roraima e Mato Grosso do Sul. Na mesma situação, estão 15 regiões do Distrito Federal.
O Ministério da Saúde não divulga o nome das cidades, apenas as regiões endêmicas para a doença. "A imprensa tem cobrado a divulgação dos municípios", disse o ministro José Gomes Temporão à Folha na sexta. "A nossa avaliação é que a responsabilidade por isso é dos governos dos Estados e das prefeituras, não do ministério."
O levantamento foi feito com base em informações das secretarias estaduais da Saúde.
A maior parte dos municípios em risco está em Goiás, local provável de contágio de 10 dos 11 casos confirmados da doença neste ano. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, são 66 as cidades em alerta.
Fazem parte da lista, a capital (Goiânia) e as cidades turísticas de Pirenópolis, Goiás Velho e Rio Quente. Desde o início do ano, Pirenópolis foi apontada com local provável de infecção de dois casos já confirmados -um deles anunciado ontem e outro de um morador de Brasília.
Também consta da relação a cidade de Luziânia, onde dois irmãos foram contagiados pelo vírus. Um morreu no início da semana e o outro permanece internado no Distrito Federal.
Não estão na lista, porém, cidades onde se suspeita que houve infecção em casos confirmados -Abadiânia, Cristianópolis e Caldas Novas, esta distante 25 km de Rio Quente.
Para ser considerado em alerta para a febre amarela, o município deve ter registrado casos recentes de morte de macacos próximos a áreas urbanas -tendo sido confirmada ou não a morte pelo vírus.
A razão para se considerar tantos municípios em Goiás sob risco é, segundo o secretário estadual da Saúde, Cairo de Freitas, a invasão ocorrida em áreas de mata do Estado.
"O vilão não é o macaco, é o ser humano", disse.
Além do local da morte de primatas, o DF classifica como em alerta regiões onde estiveram internados pacientes vítimas da doença.
No Pará, o município suspeito é Santa Maria das Barreiras. Em Roraima, foi registrada morte de macacos em São João da Baliza e um caso foi descartado na capital (Boa Vista).
Cinco municípios foram listados no Mato Grosso do Sul como de risco. Em Bonito, uma infecção foi confirmada.
Em Minas Gerais, são sete as cidades em alerta; em Tocantins, outras dez.


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