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6,6 milhões vivem em áreas sob risco de febre amarela
Levantamento feito pela Folha mostra que maior parte das cidades em alerta está em GO
Com 66 municípios na lista, Estado do Centro-Oeste é o provável local de contágio de 10 dos 11 casos da doença já confirmados neste ano
ANGELA PINHO
JOHANNA NUBLAT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Mais de 6,6 milhões de brasileiros vivem atualmente em
municípios considerados em
alerta para a febre amarela. A
maioria está em Goiás.
Levantamento feito pela Folha aponta que são 92 os municípios sob risco da doença em
seis Estados: Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pará, Roraima e
Mato Grosso do Sul. Na mesma
situação, estão 15 regiões do
Distrito Federal.
O Ministério da Saúde não
divulga o nome das cidades,
apenas as regiões endêmicas
para a doença. "A imprensa tem
cobrado a divulgação dos municípios", disse o ministro José
Gomes Temporão à Folha na
sexta. "A nossa avaliação é que
a responsabilidade por isso é
dos governos dos Estados e das
prefeituras, não do ministério."
O levantamento foi feito com
base em informações das secretarias estaduais da Saúde.
A maior parte dos municípios em risco está em Goiás, local provável de contágio de 10
dos 11 casos confirmados da
doença neste ano. Segundo a
Secretaria Estadual da Saúde,
são 66 as cidades em alerta.
Fazem parte da lista, a capital (Goiânia) e as cidades turísticas de Pirenópolis, Goiás Velho e Rio Quente. Desde o início do ano, Pirenópolis foi
apontada com local provável de
infecção de dois casos já confirmados -um deles anunciado
ontem e outro de um morador
de Brasília.
Também consta da relação a
cidade de Luziânia, onde dois
irmãos foram contagiados pelo
vírus. Um morreu no início da
semana e o outro permanece
internado no Distrito Federal.
Não estão na lista, porém, cidades onde se suspeita que
houve infecção em casos confirmados -Abadiânia, Cristianópolis e Caldas Novas, esta
distante 25 km de Rio Quente.
Para ser considerado em
alerta para a febre amarela, o
município deve ter registrado
casos recentes de morte de macacos próximos a áreas urbanas -tendo sido confirmada ou
não a morte pelo vírus.
A razão para se considerar
tantos municípios em Goiás
sob risco é, segundo o secretário estadual da Saúde, Cairo de
Freitas, a invasão ocorrida em
áreas de mata do Estado.
"O vilão não é o macaco, é o
ser humano", disse.
Além do local da morte de
primatas, o DF classifica como
em alerta regiões onde estiveram internados pacientes vítimas da doença.
No Pará, o município suspeito é Santa Maria das Barreiras.
Em Roraima, foi registrada
morte de macacos em São João
da Baliza e um caso foi descartado na capital (Boa Vista).
Cinco municípios foram listados no Mato Grosso do Sul
como de risco. Em Bonito, uma
infecção foi confirmada.
Em Minas Gerais, são sete as
cidades em alerta; em Tocantins, outras dez.
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