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Para médicos, exame continua sendo benéfico
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar da falha detectada
pela pesquisa norte-americana, especialistas consultados pela Folha afirmam que
o exame é benéfico por identificar os pacientes que, por
relação hereditária, corre
grande risco de ter a doença.
O teste custa de R$ 8.000 a
R$ 12 mil, da primeira vez.
"Quando você tem a detecção realizada, identifica parcela da população que tem
risco grande de câncer de
mama e do ovário. Aqueles
12% que não foram identificados não significam que
são negativos, mas sim que o
exame não conseguiu detectar", afirmou o mastologista
Silvio Bromberg, do Hospital Israelita Albert Einstein,
em São Paulo.
"Como elas têm histórico
familiar de hereditariedade,
continuam classificados como de alto risco."
Maria Isabel Achatz, diretora do departamento de oncogenética do Hospital do
Câncer de São Paulo, concorda. "Uma família que tenha características de tumores hereditários precisa ser
acompanhada e submetida
ao aconselhamento genético", disse.
O exame foi a saída a que
recorreu a bioquímica gaúcha Janete (nome fictício),
após detectar e retirar um
câncer de mama em 2004.
Ela fez o teste para saber se as
causas eram genéticas, embora não o considere "verdade absoluta". "Fiz pela minha filha e irmãs."
O resultado deu negativo,
mas a família adotou medidas de prevenção. A filha,
aos 18, quer engravidar mais
cedo. "O teste não me deu a
tranqüilidade que eu queria.
Como sei que existem outros fatores, não considerei
uma verdade absoluta", diz.
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