São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

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Para médicos, exame continua sendo benéfico

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da falha detectada pela pesquisa norte-americana, especialistas consultados pela Folha afirmam que o exame é benéfico por identificar os pacientes que, por relação hereditária, corre grande risco de ter a doença. O teste custa de R$ 8.000 a R$ 12 mil, da primeira vez.
"Quando você tem a detecção realizada, identifica parcela da população que tem risco grande de câncer de mama e do ovário. Aqueles 12% que não foram identificados não significam que são negativos, mas sim que o exame não conseguiu detectar", afirmou o mastologista Silvio Bromberg, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
"Como elas têm histórico familiar de hereditariedade, continuam classificados como de alto risco."
Maria Isabel Achatz, diretora do departamento de oncogenética do Hospital do Câncer de São Paulo, concorda. "Uma família que tenha características de tumores hereditários precisa ser acompanhada e submetida ao aconselhamento genético", disse.
O exame foi a saída a que recorreu a bioquímica gaúcha Janete (nome fictício), após detectar e retirar um câncer de mama em 2004. Ela fez o teste para saber se as causas eram genéticas, embora não o considere "verdade absoluta". "Fiz pela minha filha e irmãs."
O resultado deu negativo, mas a família adotou medidas de prevenção. A filha, aos 18, quer engravidar mais cedo. "O teste não me deu a tranqüilidade que eu queria. Como sei que existem outros fatores, não considerei uma verdade absoluta", diz.


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