São Paulo, sábado, 22 de maio de 2010

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Governo vacinará crianças de 2 a 5 anos contra a gripe A

Campanha de imunização, que terminaria ontem, foi prorrogada até 2 de junho e incluiu essa nova faixa etária

Até ontem, 62,7 milhões de brasileiros haviam recebido dose; vacinação de idosos contra a gripe comum também foi ampliada

FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO

Crianças de 2 a 5 anos incompletos também poderão ser vacinados gratuitamente contra a gripe suína, a partir de segunda-feira e até 2 de junho, nos postos de saúde de todo o país.
A campanha de vacinação foi prorrogada para todos os grupos-alvo -trabalhadores de saúde, indígenas em aldeias, doentes crônicos, gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos incompletos e adultos de 20 a 39 ano- e incluiu essa nova faixa.
Pelo cálculo do ministério, todos os trabalhadores da saúde e as crianças de 6 meses a 2 anos incompletos do país já foram vacinados. O menor índice de imunização é o de pessoas de 30 a 39 anos -só 40%.
Até ontem, 62,7 milhões de brasileiros haviam sido vacinados. Isso representa 69% das 90 milhões de pessoas que compunham o público-alvo inicial. Com a inclusão da faixa de 2 a 5 anos incompletos, o número chega a 100,8 milhões de pessoas. O ministério comprou 111 milhões de doses da vacina.
Segundo o ministro José Gomes Temporão, esta faixa etária foi incluída porque é, entre os grupos ainda não vacinados, o mais sujeito a desenvolver complicações da gripe suína.
Neste ano, até 8 de maio, o país registrou 540 casos de gripe suína, e 64 vítimas morreram. Dezenove mortas eram gestantes. Em 2009 a doença matou 2.051 pessoas no Brasil.
A vacinação de idosos contra a gripe comum, que deveria terminar ontem, também foi prorrogada até 2 de junho.

Falso positivo para HIV
Estudo nos EUA concluiu que a vacina contra a gripe suína pode gerar, nos 30 dias seguintes, resultado falso positivo nos exames para detectar o HIV, vírus da Aids.
No Brasil, nenhum caso de exame equivocado foi registrado até ontem. "Toda a rede de atendimento foi alertada", disse Temporão. "Caso dê positivo, é preciso fazer outro exame, mais sofisticado, que não está sujeito ao falso positivo."


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