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Paciente com hepatite terá programa
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo quer tentar reduzir de seis meses para um mês o tempo que portadores do vírus da hepatite C, considerado o mais perigoso, esperam para
realizar novas consultas depois de diagnosticada a doença.
A Secretaria Municipal da Saúde anunciou ontem que iniciará em 2 de setembro seu programa de hepatites. Três centros acoplados aos serviços municipais de
DSTs/Aids da cidade passarão a atender os pacientes, além dos seis da estrutura estadual que já realizavam esse serviço. Estima-se que na cidade de São Paulo existam 140 mil casos de hepatite C e
outros 140 mil de hepatite B
-mas, nesse caso, a secretaria
não soube informar qual o tempo
de espera por uma consulta.
Segundo Fábio Mesquita, coordenador do programa de DST/
Aids do município, a Unidade de
Fígado do hospital privado Albert
Einstein, que atende pelo SUS,
ofereceu retaguarda na assistência aos pacientes da rede municipal que necessitarem de transplante de fígado.
De acordo com Mesquita, no
fim do ano os centros de testes e
aconselhamento em Aids da cidade deverão estar preparados para
receber toda a população que quiser fazer o teste para diagnosticar
o vírus da hepatite.
Antonio Carlos Toledo, coordenador do programa nacional de
hepatites do Ministério da Saúde,
disse ontem que, no próximo ano,
o governo deve gastar R$ 2 milhões em um inquérito nacional
domiciliar sobre as hepatites A, B
e C. Segundo ele, 45 mil pessoas
no país serão avaliadas.
Os resultados, porém, só deverão ficar prontos em 2004. Já estão
em andamento outros dois projetos de busca de casos, entre gestantes e integrantes do Exército.
Toledo informou que o ministério quer preparar integrantes das
equipes do PSF (Programa Saúde
da Família) para assistir portadores de hepatites que estejam em
boas condições de saúde.
Interferon peguilado
A Secretaria de Estado da Saúde
vai fazer uma compra emergencial do medicamento interferon
peguilado para atender a todos os
pacientes portadores de hepatite
C que necessitam da droga.
A pasta não conseguiu derrubar
ordem judicial de 1º de julho deste
ano que a obrigava a disponibilizar o remédio em 15 dias. A secretaria informou que deve demorar
ainda outros quinze dias para viabilizar a aquisição.
A secretaria ainda não sabe o
impacto financeiro da medida.
Cálculos do órgão feitos com preços de mercado mostram que, se
o interferon for disponibilizado a
3.900 pacientes do Estado a preços de mercado, isso implicará
um gasto de pelo menos R$ 147 milhões.
(FABIANE LEITE)
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