São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 2002

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Professores fazem protesto contra reajuste oferecido pela prefeitura

DA REPORTAGEM LOCAL

Servidores municipais da educação paralisaram as atividades durante o dia de ontem e fizeram passeata para protestar contra o acordo coletivo ratificado na última terça pelo funcionalismo (com exceção dos trabalhadores ligados à educação), que prevê reajuste imediato de 2%.
A caminhada começou em frente à Secretaria da Gestão Pública, na avenida Paulista, e seguiu pela Brigadeiro Luís Antônio até a Câmara Municipal. Segundo a Polícia Militar, o protesto reuniu 5.000 pessoas, mas a estimativa da organização é de 8.000 participantes vindos de 326 escolas. No município, existem 1.169 unidades de ensino.
De acordo com a Secretaria Municipal da Educação, 5% das escolas foram atingidas pela paralisação; destas, cerca de 80% tiveram suas atividades suspensas parcialmente. Haverá reposição das aulas, e os professores faltosos terão o dia descontado.
Para Claudio Fonseca, vereador pelo PC do B e presidente do Sinpeem, um dos três sindicatos que organizaram a manifestação, a adesão foi de 60% dos 62 mil funcionários da educação.
A prefeita Marta Suplicy (PT) classificou o fato de as três entidades que representam os trabalhadores da educação -Sinpeem, Aprocem e Sinesp- não terem assinado o acordo coletivo e a manifestação como "eleitoreira".
"O sindicato está numa disputa eleitoral no presente momento. E disputa eleitoral acaba tendo consequências desse tipo", afirmou, durante evento pela manhã.

Resposta
"Antes, ela [a prefeita] vinha às nossas manifestações sem constrangimento e ninguém questionava se a atitude era eleitoreira", rebateu Fonseca. E completou: "Estamos cobrando promessas de campanha".
Marta disse que, mesmo não assinando o acordo -que prevê reajuste de 2% retroativo a maio de 2002, 2,62% a ser pago em janeiro de 2003 e 2,62% a ser pago em janeiro de 2004, benefícios sociais e bônus de R$ 300-, a categoria será beneficiada e receberá os reajustes.


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