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Professores fazem protesto contra reajuste oferecido pela prefeitura
DA REPORTAGEM LOCAL
Servidores municipais da educação paralisaram as atividades
durante o dia de ontem e fizeram
passeata para protestar contra o
acordo coletivo ratificado na última terça pelo funcionalismo
(com exceção dos trabalhadores
ligados à educação), que prevê
reajuste imediato de 2%.
A caminhada começou em frente à Secretaria da Gestão Pública,
na avenida Paulista, e seguiu pela
Brigadeiro Luís Antônio até a Câmara Municipal. Segundo a Polícia Militar, o protesto reuniu
5.000 pessoas, mas a estimativa da
organização é de 8.000 participantes vindos de 326 escolas. No
município, existem 1.169 unidades de ensino.
De acordo com a Secretaria Municipal da Educação, 5% das escolas foram atingidas pela paralisação; destas, cerca de 80% tiveram
suas atividades suspensas parcialmente. Haverá reposição das aulas, e os professores faltosos terão
o dia descontado.
Para Claudio Fonseca, vereador
pelo PC do B e presidente do Sinpeem, um dos três sindicatos que
organizaram a manifestação, a
adesão foi de 60% dos 62 mil funcionários da educação.
A prefeita Marta Suplicy (PT)
classificou o fato de as três entidades que representam os trabalhadores da educação -Sinpeem,
Aprocem e Sinesp- não terem
assinado o acordo coletivo e a manifestação como "eleitoreira".
"O sindicato está numa disputa
eleitoral no presente momento. E
disputa eleitoral acaba tendo consequências desse tipo", afirmou,
durante evento pela manhã.
Resposta
"Antes, ela [a prefeita] vinha às nossas manifestações sem constrangimento e ninguém questionava se a atitude era eleitoreira", rebateu Fonseca. E completou:
"Estamos cobrando promessas de campanha".
Marta disse que, mesmo não assinando o acordo -que prevê reajuste de 2% retroativo a maio de 2002, 2,62% a ser pago em janeiro de 2003 e 2,62% a ser pago em janeiro de 2004, benefícios sociais e bônus de R$ 300-, a categoria será beneficiada e receberá os reajustes.
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