São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002

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Diretor diz que é preciso "trabalhar como família"

DA REPORTAGEM LOCAL

"Antes de o Felipão lançar essa moda de "família Scolari" na seleção, eu já falava aqui que é preciso trabalhar como família", afirma o diretor do CRP de Presidente Bernardes, Antonio Sérgio de Oliveira, 33, ao definir sua filosofia de trabalho.
Bernardes pode ser comparada a um barril de pólvora. Abriga os principais integrantes de quatro facções criminosas adversárias: PCC, CDL (Comissão Democrática de Liberdade), CRBC (Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade) e Seita Satânica.
""Procuramos trabalhar muito a parte preventiva, que somos uma equipe", afirma o diretor, advogado, que em 2002 completa 13 anos em prisões. ""Entrei para custear os estudos, gostei e acabei ficando."
A cada 30 dias, Oliveira se reúne com a equipe para avaliar o trabalho na unidade. Os agentes podem passar por atendimento psicológico, se acharem necessário, por meio de uma parceria acertada pelo CRP de Bernardes com a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista). ""É para que problemas daqui não sejam levados para casa e vice-versa", afirma.
Em geral, o preso do CRP não causa problemas, segundo o diretor, porque sabe que está lá de ""castigo" e que pode permanecer mais tempo se cometer nova infração disciplinar.
Entre os internos, um dos líderes do PCC, César Augusto Roris da Silva, o Cesinha, e o sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, são descritos por funcionários como os mais comportados. José Márcio Felício, o Geleião, costuma reclamar da quantidade de comida e da temperatura em que é servida.


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